Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5937

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Stephânia de Almeida Barbosa
Orientador RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS
Outros membros Flávia Galvão Cândido, Flávia Xavier Valente, Laís Emilia da Silva, MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO
Título Efeito do consumo de cargas lipídicas associadas à dieta hipocalórica na perda de peso e na microbiota intestinal em indivíduos com excesso de peso
Resumo Introdução: O excesso de peso corporal é considerado um grave problema de saúde pública que tem crescido a proporções alarmantes em todo o mundo. Estudos recentes têm associado a obesidade a alterações prejudiciais na microbiota intestinal. Objetivo: Uma vez que os lipídeos dietéticos possuem alta capacidade de modular a microbiota, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da ingestão de dois óleos utilizados no tratamento da obesidade (o óleo de coco e o azeite de oliva) na antropometria, na composição corporal e na microbiota intestinal de mulheres com excesso de peso. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo cego, com duração de 8 semanas consecutivas, que envolveu 85 mulheres adultas (19 a 41 anos), com excesso de peso corporal (Índice de Massa Corporal – IMC entre 27 e 34,9 kg/m²) e bom estado geral de saúde. Dessas, 56 iniciaram e concluíram o experimento. As voluntárias foram alocadas aleatoriamente em um dos seguintes grupos experimentais: controle (C, recebeu óleo de soja; n = 17), azeite de oliva (AO, n = 22) e óleo de coco (OC, n = 17). Durante a intervenção, as voluntárias consumiram diariamente cafés da manhã isocalóricos contendo 25 mL dos óleos testados de acordo com o grupo experimental, além de dietas individualizadas com restrição de 500 kcal/dia. Todas as avaliações foram feitas no primeiro e no último dia da intervenção. A composição corporal foi avaliada por absortometria de raio-X de dupla energia. O pH fecal foi usado para a avaliação indireta da composição da microbiota intestinal. Resultados: Houve maior redução da gordura corporal troncular em AO do que em C ou OC (PInter = 0,043). O OC, por sua vez, apresentou menores reduções de perímetro de quadril do que C (PInter = 0,045). Houve uma tendência (PInter = 0,104) de AO apresentar maior redução do peso corporal em relação aos C ou OC. O grupo AO também apresentou melhores resultados de pressão arterial diastólica (PInter = 0,010). Enquanto AO reduziu a pressão arterial diastólica (média ± EP de -4,6 ± 1,3 mmHg), o C não reduziu (0,0 ± 1,5 mmHg) e o OC aumentou (0,7 ± 1,0 mmHg). O grupo AO foi o único que aumentou o pH fecal das voluntárias enquanto os grupos C e OC apresentaram redução (PInter = 0,003). O aumento do pH fecal é associado à diminuição de bactérias obesogênicas, que produzem ácidos graxos de cadeia curta e por isso reduzem o pH fecal. Conclusões: O presente estudo evidenciou o potencial do azeite de oliva em contribuir para a perda de peso corporal saudável, por mecanismos que parecem envolver alterações na composição da microbiota intestinal. Apoio financeiro: FAPEMIG, Capes e CNPq.
Palavras-chave Azeite de oliva, óleo de coco, microbiota intestinal
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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