Resumo |
Introdução: A enfermagem passa por mudanças em que as práticas empíricas são substituídas por ações baseadas em evidências, tendo por referencial metodológico de cuidado o Processo de Enfermagem (PE) constituído de cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. Afim de padronizar a linguagem de enfermagem, existem taxonomias para nomear o que o enfermeiro identifica, trata e avalia nos pacientes, como a North American Diagnosis Nursing Association - NANDA-I (de diagnósticos de enfermagem), a Nursing Outcomes Classification-NOC (de resultados de enfermagem), e a Nursing Intervations Classification -NIC (de intervenções de enfermagem). O uso dos sistemas de classificação dão visibilidade ao saber da enfermagem. Na Universidade Federal de Viçosa, o ensino do PE e do manuseio das taxonomias é tido no 5° período. Durante as aulas, são realizadas simulações de casos clínicos que permitem uma maior aproximação da prática clínica.Justificativa: O uso da simulação no ensino aumenta e promove o desenvolvimento de aprendizagens significativas nos formandos. No entanto, desconhecem-se estudos que avaliem o efeito do uso da simulação no ensino do manuseio das taxonomias de enfermagem. Objetivo: relatar a experiência do uso da simulação para o ensino do manuseio das taxonomias de enfermagem. Público alvo: Docentes e discentes de enfermagem.Método: Trata-se de relato de experiência vivenciado nos meses de março a junho de 2016. O cenário simulado foi de consulta de enfermagem à mulher com diagnóstico médico de alterações fibrocísticas das mamas. Os papéis de enfermeira e paciente foram protagonizados por alunos de enfermagem. O objetivo do cenário era que os demais alunos da turma identificassem as etapas do PE e o uso das taxonomias NANDA-I,NOC e NIC. Resultados:O caso clínico foi elaborado baseado no diagnóstico de enfermagem prioritário “Dor aguda”, problema frequente em pacientes com alterações fibrocísticas da mama.A taxonomia NANDA-I foi utilizada durante a etapa de coleta de dados na identificação dos diagnósticos de enfermagem. Em seguida, para planejar o cuidado juntamente com a paciente, foi demonstrado o uso das taxonomias NOC e NIC. A simulação durou cerca de 25 minutos, e após a apresentação constatou-se que o conteúdo foi apreendido pelos demais estudantes, uma vez que não foram geradas dúvidas, além de terem apresentado maior interesse nessa forma de apresentação, quando comparado à exposições teóricas. Conclusão: A utilização de simulação para o ensino do PE e manuseio das taxonomias NANDA-I, NOC e NIC facilitou o aprendizado, tornando-o mais clínico e palpável. Notou-se melhoria na capacidade de elaboração de diagnósticos, estabelecimento de metas de enfermagem, e na elaboração de planos de intervenção, além de maior agilidade no manuseio das taxonomias NANDA-I, NOC e NIC. A experiência vivenciada aponta que a simulação é uma poderosa estratégia de ensino desta temática. |