Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5911

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Sofia Magalhães Moreira
Orientador HILARIO CUQUETTO MANTOVANI
Outros membros Cláudia Braga Pereira Bento, Elsa Fernandes da Silva, William Lima Santiago dos Reis
Título Efeitos de bovicina HC5 e virginiamicina na fermentação ruminal in vitro
Resumo Antibióticos tem sido tradicionalmente utilizados na pecuária leiteira e de corte como aditivos alimentares visando aumentar a eficiência alimentar e o ganho de peso dos animais. Contudo, resíduos dessas substâncias podem ser encontradas na carne e no leite e bactérias resistentes a antibióticos podem ser selecionadas. Peptídeos antimicrobianos (bacteriocinas) tem sido sugeridos como uma alternativa aos antibióticos utilizados na produção animal. Os objetivos desse trabalho foram avaliar os efeitos in vitro da bacteriocina bovicina HC5 e do antibiótico virginiamicina na produção de amônia, gás total, proteína microbiana, ácidos orgânicos voláteis, pH e atividade específica de desaminação e também investigar o impacto desses antimicrobianos na composição da microbiota ruminal in vitro. Amostras de líquido ruminal suplementadas com tripticase (15 g/L) e adicionadas de bovicina HC5 (0, 500, 1000 ou 2000 AU/mL) ou virginiamicina (0, 5, 10, 20 ou 40 µM) foram incubadas durante 24 horas (39 oC, 200 rpm). A composição da microbiota ruminal foi analisada por Eletroforese em Gel com Gradiente Desnaturante (DGGE). A adição de bovicina HC5 e virginiamicina ao líquido ruminal diminuiu (P<0,05) a produção de amônia em até 48% e 66%, respectivamente. A produção de gás total foi reduzida (P<0,05) em até 52% com a adição de bovicina HC5 e em até 72% com a adição de virginiamicina. Bovicina HC5 diminuiu (P<0,05) a atividade específica de desaminação (AED), a concentração de ácidos orgânicos totais e dos ácidos acético, butírico, isobutírico, valérico e isovalérico e aumentou (P<0,05) a concentração de ácido succínico. A adição de virginiamicina diminuiu (P<0,05) as concentrações de ácido acético, ácido isobutírico, ácido valérico e ácido isovalérico e aumentou (P<0,05) a concentração de ácido succínico. Bovicina HC5 e virginiamicina não alteraram (P>0,05) o pH do líquido ruminal e não afetaram a concentração de proteína microbiana, a concentração de propionato e a relação acetato:propionato. O perfil de bandas gerado no DGGE indicou que a bovicina HC5 e a virginiamicina afetaram de maneira diferente a composição da microbiota ruminal. Esses resultados demonstram que a bovicina HC5 e a virginiamicina interferem de maneira distinta na fermentação ruminal in vitro, mas ambos apresentam efeitos desejáveis sobre algumas características da fermentação ruminal.
Palavras-chave aditivo alimentar, rumen, DGGE
Forma de apresentação..... Painel
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