Resumo |
A bacia do rio Doce faz parte de grande área do sudeste, influenciando os estados de Minas Gerais e Espirito Santo em termos ambientais, socioeconômicos e políticos. Assim, torna-se imprescindível o desenvolvimento de pesquisas que sejam capazes de fornecer dados e valores que contribuam para a gestão do recurso solo. Este trabalho teve como objetivo detectar e quantificar a concentração dos metais pesados em solos e sedimentos da bacia do rio Doce. A Área de estudo incluiu três pontos estratégicos, a região da nascente do rio Doce, região da cidade de Ipatinga e Governador Valadares. Os solos analisados foram Latossolo Vermelho, Neossolo Flúvico, Argissolo Vermelho, Latossolo Amarelo e sedimentos de fundo do rio. As análises incluíram os metais Cd, Co, Cr, Cu, Ni, Zi, Hg, Ar e Ba. O método utilizado foi o EPA 3051A e a norma de referência utilizada foi a Deliberação Normativa COPAM nº 166, de 29 de junho de 2011. Na área 1, o Latossolo Vermelho assim como os sedimentos analisados da foz do rio Piranga apresentaram valores de concentração de todos os metais pesados avaliados dentro dos limites. O Neossolo Flúvico e os sedimentos analisados na foz do rio Doce também apresentaram valores de concentrações dos metais em questão satisfatórios de acordo com a norma, exceto para o arsênio que excedeu o limite, ficando acima do recomendado. Já os sedimentos analisados na foz do rio Carmo apresentaram valores acima do recomendado para arsênio e a bário. Na área 2 o Argissolo analisado, apresentou valores acima do limite da norma para os metais cobalto, cromo, cobre e níquel. O Latossolo, por sua vez, apresentou concentrações de todos os metais pesados avaliados em conformidade com o recomendado pela norma. Os Neossolos Flúvicos apresentaram valores de metais pesados acima dos valores recomendados pela norma para o arsênio, cromo e níquel e os sedimentos da área para o níquel e cromo. Na área 3 apenas o cromo passou do limite aqueles recomendados pela norma, sendo que os solos em estudo foi o Latossolo Amarelo. Já nos sedimentos, apenas os metais bário e o cromo ficaram acima do limite recomendado pela norma. Portanto, é possível concluir que de fato a bacia hidrográfica do rio Doce precisa de estudos, pesquisas e planos que visam a correção desses problemas ambientais relacionados aos metais pesados, já que os solos e sedimentos ali presentes apresentaram valores de metais pesados que extrapolaram a recomendação pela lei. Após feito, será necessário leis e fiscalizações da mesma para que os valores se mantenham sempre dentro do estabelecido, visto que concentrações altas desses metais prejudica o ambiente, bem como os seres vivos ali presentes, chegando a ser caso de saúde pública, influenciando dessa forma, diretamente na economia. |