Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5875

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, diversidade e inclusão
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Alice da Silva Vitoria
Orientador FABRICIO ROBERTO COSTA OLIVEIRA
Título Qual é a educação que a população negra recebe no Brasil? Uma análise de Viçosa/ MG
Resumo Este trabalho é uma análise sobre a representação da identidade negra nas escolas de Viçosa/MG vinculadas ao PIBID de Sociologia da UFV. O PIBID de Sociologia da UFV atua na Escola Estadual Doutor Raimundo Torres (ESEDRAT), localizada no bairro Bela Vista, próximo ao Centro, na Escola Estadual José Lourenço de Freitas, situada em São José do Triunfo, que abriga diversos estudantes da zona rural e na Escola Estadual Raul de Leoni, que fica no Cantinho do Céu e atende, principalmente, bairros periféricos. Estes colégios possuem um amplo público de jovens negros. A pesquisa visa analisar perspectivas do alunado negro dessas escolas, assim como analisar o que vem sendo feito pelas escolas para cumprir a lei 10639/03 (esta institui a necessidade de ensino de história e cultura afro-brasileira e africana). O trabalho busca, então, entender como a juventude negra viçosense entende/ enxerga a educação que é oferecida, bem como analisa como as escolas atuam frente a lei 10639/03. Quanto ao material da pesquisa, estou participando ativamente nessas escolas desde o início de 2015, quando entrei como bolsista do PIBID e venho fazendo uma análise da preparação dos alunos nas atividades voltadas (isso é, se houverem/ as que houveram) à semana da consciência negra. Por meio de conversas informais com a população discente e pela análise dos materiais didáticos pedagógicos utilizados nas escolas, além da leitura de referenciais teóricos que vem sido produzidos sobre o tema, esse trabalho atingiu algumas conclusões preliminares. A partir desse contato, venho observando que o jovem negro, marginalizado, enxerga o espaço da escola como mais um não-lugar, isto é, marginalizados também mesmo dentro do espaço escolar, como se fosse um lugar que não lhe pertence, o que o leva a entender a educação não como direito, mas até como uma obrigação penosa. É visível também a falta de atenção do Estado às escolas, o que dificulta uma maneira mais adequada para lidar com as questões sociais relacionadas à população negra. Com isto, até os dias atuais, compreende se que mesmo após 13 anos, observa se na cidade de Viçosa um mal resultado à lei 10639/03, com professores despreparados, os quais, até hoje, não são formados para tal na maioria das universidades do Brasil. A análise também nos permitiu enxergar a baixa estima que toma os alunos negros e a falta de identidade com o ser negro e com a cultura afro. Até então, houve pouco interesse e ou despreparado por parte da escola em atuar com esse tema.
Palavras-chave educação, juventude negra, políticas públicas
Forma de apresentação..... Painel
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