Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5862

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Arlindo Júnior Corrêa
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Bruno Monteiro Duarte
Título Avaliação Educacional: O IDEB e os sintomas da desestruturalização do Ensino Médio
Resumo A presente pesquisa almeja produzir uma análise sobre os mecanismos de avaliações educacionais desenvolvidas no âmbito nacional. Para isso, o objeto de estudo foi o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), tendo como hipótese uma possível desestruturalização do ensino médio brasileiro, pois o mesmo, como demostrado nos resultados do Ideb, sofre os sintomas de uma estagnação, ou ainda um retrocesso em seus índices de avaliação externa. Ao contrário disso, as notas obtidas pelo ensino fundamental vêm, nos últimos anos, galgando uma notável melhora. E, posteriormente, faremos uma problematização do lugar do ensino médio dentro da escola básica. Segundo a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado assegurar a “garantia de padrão de qualidade” do ensino (Constituição Federal, 1988, Art. 206, Inciso VII). Essa garantia de um padrão de qualidade só poderia ser atestada através de sistemas de avaliações externos. O Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) é o principal indicador objetivo utilizado para monitorar a qualidade da educação básica no país. Ele faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto n.º 6.094/07). Criado em 2007 pelo Inep, o Ideb é a combinação de dois fatores que interferem na qualidade da educação: a) indicadores de fluxo (taxas de aprovação, reprovação e evasão), medidos pelo Censo Escolar, e b) indicadores de desempenho em exames padronizados como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e Prova Brasil, realizados a cada dois anos ao final de determinada etapa da educação básica. O ensino médio brasileiro, no decurso de sua história, tem sido identificado como um espaço indefinido, ainda em busca de sua identidade. De acordo com Krawczyk (2011), a permanência do estudante no ensino médio envolve um conjunto de fatores que podem facilitar ou não esse processo, tais como: idade com que ingressam na escola, inclusão ou não no mercado de trabalho, trajetória escolar anterior, taxas de repetência e evasão, aproveitamento dos estudos, infraestrutura oferecida, qualidade do corpo docente, entre outros. Já a autora Moehlecke (2012) elenca diversos sintomas de uma desestruturação do ensino médio, dentre eles: um ensino médio pouco atraente, que não atenderia nem à demanda de formação para o trabalho, nem à de formação para a cidadania. Ou seja, em termos da estrutura do ensino médio, este permanece inadequada às necessidades tanto da sociedade quanto dos jovens que o frequentam, um currículo rígido e pouca autonomia das escolas na definição do currículo. O ensino médio desde a sua institucionalização até os dias atuais, vem passando por diversas transformações na sua forma de organização, estrutura, objetivos e currículos. Sempre inconsistente e classificado como “um não lugar”. Portanto, a última etapa da educação básica obrigatória, parece ser um dos grandes desafios atuais na formulação de políticas públicas educacionais.
Palavras-chave Avaliação externa, IDEB, Ensino Médio
Forma de apresentação..... Painel
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