Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5858

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Bruna Maria Ribeiro
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Caio Monteiro Costa, Laice Alves da Silva, Lorena Chaves Monteiro, Pedro Ancelmo Nunes Ermita
Título Efeitos do treinamento de marcha sobre variáveis clínicas e laboratoriais em equinos Mangalarga Marchador
Resumo Com a sua distintiva e confortável marcha lateral e diagonal, o cavalo Mangalarga Marchador é uma das raças mais importantes do Brasil. Os animais desta raça são usados para um teste funcional específico chamado “prova de marcha”, que é caracterizado por longa duração e elevada exigência metabólica. A prova de marcha é realizada em círculos, a uma velocidade constante, e sem interrupção. A atividade física, principalmente as de intensidade submáxima e de longa duração, como a prova de marcha, promove grande estresse para os mecanismos homeostáticos, que operam para manter os requerimentos metabólicos necessários para o trabalho muscular frente à progressiva perda de água e eletrólitos no suor. Tem sido demonstrado que o exercício físico induz respostas fisiológicas para satisfazer as crescentes necessidades metabólicas durante as atividades. O presente estudo objetivou avaliar os efeitos do treinamento de marcha para competição de provas de marcha sobre variáveis clínicas e laboratoriais em cavalos Mangalarga Marchador. O experimento foi conduzido no Haras Recreio, localizado em Viçosa, Minas Gerais. Foram utilizados oito equinos hígidos, da raça Mangalarga Marchador, de ambos os sexos, com idade entre cinco e 10 anos e em treinamento de marcha. Os animais foram montados pela manhã e treinados em pista de terra batida plana, onde realizaram 10 minutos de aquecimento ao passo e 45 minutos ininterruptos de marcha. Em seguida, já desarreados recebiam banho e permaneciam por 10 minutos ao sol para secar. Na sequência, os animais eram levados para suas baias individuais e recebiam alimentação habitual sem nenhuma alteração no manejo. As avaliações dos parâmetros clínicos e as coletas de amostras para exames laboratoriais foram realizados nos seguintes tempos: antes do início do exercício (T0) e até cinco minutos após o exercício (T1). Para avaliação clínica foram aferidas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR). Na avaliação laboratorial mensuraram-se as concentrações plasmáticas de sódio (Na), potássio (K), cloreto (Cl), cálcio ionizado (CaI), glicose e lactato, além do hematócrito (Ht). E as concentrações séricas de proteína sérica total (PST), creatino quinase (CK) e aspartato aminotransferase (AST). Os dados foram submetidos a estatística descritiva, aos testes de Lilliefors e Cochran & Bartlet e à análise de variância (ANOVA) à um nível de significância de 5%. Não houve diferença (P> 0,05) nos valores médios de Na, K, Cl, Glicose, Ht, PST e AST em resposta ao treinamento de marcha. Entretanto, a FC, FR, TR, lactato e CK tiveram aumentos (P< 0,05) em resposta ao exercício e o CaI apresentou diminuição (P< 0,05). Conclui-se que o treinamento de marcha é capaz de induzir respostas fisiológicas e metabólicas em equinos Mangalarga Marchador, contudo essas alterações são influenciadas pelo nível de intensidade do exercício e da capacidade atlética do animal.
Palavras-chave cavalo, exercício, respostas fisiológicas
Forma de apresentação..... Painel
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