Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5841

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, infância e família
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Roberta Finamore de Araújo
Orientador LILIAN PERDIGÃO CAIXETA REIS
Título Análise das representações familiares através do desenho infantil: Um estudo de caso
Resumo Este trabalho se constitui como parte de uma pesquisa de mestrado realizada no Departamento de Economia Doméstica, tendo como objeto de estudo crianças de 4 e 5 anos de uma escola construtivista do município de Viçosa-MG. Traremos aqui uma pequena amostra do que foi coletado, dando ênfase na atividade do desenho da família. Na teoria de Bronfenbrenner, podemos entender o desenho infantil como uma atividade molar, onde a criança é capaz de trazer para a folha de papel as representações de suas relações e vivências fora de seu contexto imediato, interconectando diferentes contextos (mesosistema mental). Vygotsky, considera que as representações mentais que o indivíduo lida durante o processo criativo, substituindo o próprio real, possibilitam que este se liberte do espaço e tempo presentes. Assim, estas representações acabam por agir como mediadores na relação do indivíduo com mundo. O objetivo deste trabalho foi compreender como a criança representa a sua família e suas relações dentro dela. A metodologia utilizada foi a análise do Desenho da família proposto em sala de aula para as crianças, sendo este o próprio instrumento da pesquisa. O desenho infantil é considerado uma produção cultural das crianças e um instrumento revelador das representações infantis. Além disto, conjugar o desenho com a oralidade, possibilita ao pesquisador conhecer os olhares das crianças acerca de suas produções e de seus contextos sociais, culturais e históricos. Por se tratar de um estudo de caso, trouxemos aqui a análise de 3 desenhos de crianças de 5 anos, do 2º período da educação infantil. Nesta idade, as crianças se encontram na fase do “Realismo Intelectual” e no “Pré-esquematismo”, na qual a criança expressa uma funcionalidade no que é desenhado. Para Piaget, nesta fase aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade, sendo que a criança desenha a partir de sua subjetividade, seu modelo interno. No desenho da família, a criança exprime suas relações familiares, que podem ser compreendidas a partir do investimento que a mesma faz nas diversas figuras, formas e ordem na qual desenha. Outro ponto importante é o modo como a criança se representa dentro deste contexto familiar. Nos desenhos produzidos pelas crianças participantes desta pesquisa encontramos uma variedade de representações da família, e junto à oralização do que foi desenhado, encontramos diversos fatores que nos mostram as diferentes formas de organização, conflitos internos e suas representações. As crianças em seus desenhos e relatos nos mostraram como entendem sua dinâmica familiar, e revelaram suas angustias e satisfações. Portanto, propor tal atividade ajuda não só aos adultos, a entender como a criança representa e entende seu grupo familiar e suas relações, mas também auxilia a criança na elaboração de seus conflitos e expressão de seus sentimentos, positivos e negativos, sendo isto de extrema importância para o desenvolvimento saudável do indivíduo.
Palavras-chave Família, Desenho, Desenvolvimento Humano
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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