Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5823

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Produtos naturais e bioprospecção
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, Outros
Primeiro autor Larissa Carvalho Santos
Orientador ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO
Outros membros Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Laíssa Ferreira Carvalho, Samuel Wilke Monteiro de Souza
Título Caracterização físico-química da lignina Kraft para aplicação em adesivos para madeira
Resumo Caracterizou-se a lignina proveniente do licor negro Kraft, extraída pelo processo LignoBoost, para avaliar sua viabilidade de incorporação em adesivos para madeira. Utilizou-se lignina Kraft, em pó, proveniente de uma empresa produtora de polpa celulósica. Visando a homogeneização e solubilização das partículas, a lignina foi triturada e classificada em um pulverizador com peneira de 200 mesh. A caracterização físico-química foi realizada nos Laboratórios de Celulose e Papel e de Painéis e Energia da Madeira da UFV. Foram determinados o teor de umidade, pH, lignina Klason, lignina solúvel em ácido, análise de carboidratos, metais, sílica , análise elementar e cinzas. A umidade de equilíbrio higroscópico encontrada para a lignina Kraft utilizada neste experimento foi de ± 5 %, base seca; o pH médio estava em torno de 3,4, e Dias (2014) afirma que ligninas com pH ácido podem aumentar rapidamente a viscosidade do adesivo, influenciando assim o seu tempo de cura. Os carboidratos estavam presentes em quantidades ínfimas, dados considerados favoráveis para a síntese dos adesivos, pois indicam a pureza do material utilizado. Todos os teores de carboidratos encontrados na lignina Kraft utilizada neste estudo são inferiores àqueles encontrados por Gouvêa (2012), quando utilizou lignina Kraft para produção de briquetes, e ressaltou que a obtenção da lignina totalmente pura é extremamente difícil, devido aos complexos lignina-carboidratos. Observou-se maiores percentuais dos elementos Ca, K e Na em relação aos demais, e isso se deve aos resíduos do processo de recuperação do licor de cozimento que ficaram aderidos à lignina. Os valores obtidos para os minerais foram considerados baixos, logo não se espera influência dos mesmos na síntese dos adesivos. Quanto à composição química elementar, verificaram-se altos percentuais de carbono e baixos percentuais de oxigênio, valores já esperados pela pureza e pelo alto teor de lignina total da amostra (PEREIRA et al., 2013). Verificou-se, ainda, a presença de enxofre na amostra, referente aos sulfatos que se ligam à lignina, oriundos tanto do processo Kraft quanto do processo de extração da lignina. Destaca-se o baixo teor de cinzas na lignina Kraft utilizada, o que caracteriza os bons níveis de lavagem da polpa e recuperação dos licores de cozimento que deram origem à lignina Kraft utilizada neste estudo, além da eficiência do processo LigniBoost para extração da lignina. O baixo teor de cinzas é importante por garantir a pureza da matéria prima e, consequentemente, possibilitar maior controle dos resultados dos processos, uma vez que quanto mais pura a lignina, melhor sua interação com os componentes da formulação dos adesivos. Concluiu-se que a lignina Kraft avaliada apresentou baixos teores de umidade, carboidratos, cinzas e minerais, e alto percentual de lignina total, características interessantes quando se pensa na sua introdução na síntese de adesivos para madeira.
Palavras-chave Lignina Kraft, adesivos para madeira, processo LignoBoost
Forma de apresentação..... Painel
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