Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5819

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Núbia de Souza de Morais
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros Joice Ermelinda Cecilio da Silva, Karina Rafaela Ramos, Valter Paulo Neves Miranda
Título Relação do consumo alimentar, medidas antropométricas, composição corporal e índices antropométricos com a concentração de ácidos graxos de cadeia curta em adolescentes do sexo feminino
Resumo O estilo de vida adotado pelos adolescentes com baixo nível de atividade física e aumento da ingestão de alimentos hipercalóricos contribui diretamente para a manifestação da obesidade e doenças cardiometabólicas. O aumento da ingestão de fibras pode disponibilizar maior quantidade de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que são formados a partir da fermentação de carboidratos não absorvidos pelo intestino delgado pela microbiota intestinal do interior do cólon, e podem aumentar o fator de proteção contra doenças inflamatórias. O objetivo do estudo foi avaliar a concentração dos ácidos graxos de cadeia curta (acético, propiônico e butírico) em relação à frequência alimentar e medidas antropométricas e de composição corporal. Estudo transversal, realizado com 111 adolescentes do sexo feminino, de 14 a 19 anos de idade, do município de Viçosa-MG. O estudo é vinculado ao projeto de doutorado aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV sob o registro 700.976 em 04/07/2014. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de Assentimento foram entregues assinados pelos responsáveis e pelas adolescentes, respectivamente. O processo de coleta de dados iniciou-se na escola com as informações sociodemográficas, posteriormente, a avaliação das medidas antropométricas e de composição corporal foi realizada na Divisão de Saúde da UFV (DSA). Aferiu-se o peso, estatura e perímetro da cintura. O percentual de gordura (%GC) foi avaliado pela Absortometria de Raios-X de Dupla Energia (DEXA) e categorizado pelos pontos de corte de Willians et al. (1992). Também na DSA, coletou-se informações de frequência alimentar, pelo Questionário de Frequência Alimentar Reduzido, incluindo o número de refeições realizados por dia da semana, além das amostras de fezes utilizadas na avaliação das concentrações dos AGCC. Estas análises foram realizadas no Laboratório de Bioquímica Nutricional do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, utilizando o protocolo proposto por Smiricky-Tjardes et al. (2003). Os resultados mostraram que 82,9% das adolescentes estavam eutróficas segundo o IMC, no entanto, 48,6% das alunas estavam com a GC elevada (>30%). Associando o IMC e o %GC, verificou-se que 36% estavam eutróficas pelo IMC e com %GC elevado. As concentrações dos AGCC encontradas foram: acético 3,17 (±1,65); propiônico 3,84 (±1,54) e butírico 2 (±1,91) umol/g fezes. As concentrações dos três ácidos mostraram correlação entre si, porém, não foi verificada associação e nem correlação entre estes e a frequência alimentar, número de refeições e medidas de composição corporal. Foi constatado que quanto maior a medida de composição corporal e a frequência de alimentos ricos em energia, maior a concentração dos AGCC, no entanto, esses resultados não foram significativos. Mais estudos se fazem necessários para avaliar a relação dos AGCC com os fatores de riscos das doenças cardiometabólicas.
Palavras-chave Adolescentes, Ácidos graxos de cadeia curta, Composição corporal.
Forma de apresentação..... Painel
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