Resumo |
Introdução: O leite materno é o alimento ideal para crianças nos primeiros seis meses de vida.A amamentação trás inúmeras vantagens para o binômio mãe-filho. No Brasil, apesar de muitas mulheres iniciarem o aleitamento exclusivo, mais da metade já não se encontra nesta condição ao final do primeiro mês. O diagnóstico da realidade local para verificar os conhecimentos apresentados pelas mães é de extrema importância para que se possa direcionar os programas educativos e aprimorar o conhecimento que elas já possuem. Os atendimentos nutricionais realizados pelo Programa de Apoio a Lactação (PROLAC), permitem que esse acompanhamento de evolução do estado nutricional da mãe e da criança ocorra e facilita, assim, uma intervenção, sempre priorizando incentivo à prática do aleitamento materno exclusivo ate o sexto mês. Objetivos: Implementar ações de melhoria de indicadores de saúde materno-infantil de crianças e nutrizes acompanhadas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) no município de Viçosa, Minas Gerais. Ações Realizadas: Atendimentos mensais de acompanhamento nutricional das mães e dos bebês; orientações às nutrizes no pós-parto sobre a importância da amamentação para a mãe e a criança; elaboração de folders; atuação no Banco de Leite Humano; participação em reuniões científicas para discussão de temas relacionados à saúde materna e infantil. Resultados: Analisando os dados com informações de 1430 mães e crianças atendidas pelo PROLAC, observou-se que na primeira consulta, a prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 56,5% (n=797), aleitamento materno predominante foi 17,4% (n=245), aleitamento materno misto 18,6% (n=263), aleitamento artificial 5,7% (n=81) e aleitamento materno complementado com outros alimentos foi 1,8% (n=5). A prevalência do uso de chupetas pelos bebês foi de 39,5% (n=542). O uso de suplementos de ferro na gestação pelas mães foi de 85,5% (n=1170). A análise do IMC pré-gestacional das mães mostrou prevalência de 67,2% (n=905) de eutrofia, 8,3% (n=112) com baixo peso, 18,9% (n=253) com sobrepeso e 5,6% (n=76) com obesidade. Dentre as crianças atendidas, 58,4% (n=827) nasceram de parto cesáreo, 41,3% (n=586) de parto normal 0,3% (n=4) de parto tipo fórceps. Conclusão: A amamentação insere-se num contexto social e educacional, com isso o apoio a programas, como o PROLAC, que incentivam a prática do aleitamento materno, causam um forte impacto local na promoção da saúde integral do binômio mãe-filho e de toda a sociedade, e contribuem para o sucesso dessa prática, evitando que essa seja interrompida precocemente. |