Resumo |
INTRODUÇÃO: A segurança alimentar e nutricional (SAN), engloba fatores dietéticos, sociais, culturais, econômicos e até mesmo geográficos e por ser multifacetada requer abordagem metodológica variada e complementar. O meio rural brasileiro apresenta prevalências de insegurança alimentar, variando de 18%, 9,9% e 7% de insegurança alimentar leve, moderada e grave, respectivamente. Algumas estratégias podem ser efetivas na busca pela segurança alimentar e nutricional no meio rural, uma delas é a produção para autoconsumo. OBJETIVO: Caracterizar a produção e a segurança alimentar de agricultores familiares da comunidade da Paula, Viçosa-MG. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal, descritivo tendo a família como unidade de estudo. A seleção dos domicílios foi realizada por indicação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG). A coleta das informações ocorreu entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016, por meio de visitas domiciliares com aplicação de questionário semiestruturado, para registro das informações referentes à procedência dos alimentos disponíveis no domicílio. As informações foram digitadas e analisadas no Microsoft Excel. Para avaliação da segurança alimentar utilizou-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (1.052.836/2015), a participação foi mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Participaram do estudo cinco famílias, totalizando 18 pessoas. Quanto à situação de segurança alimentar pela EBIA, 40% (n=2) das famílias se encontravam em situação de segurança alimentar e 60% (n=3) em insegurança alimentar leve, não houveram famílias com insegurança alimentar moderada e grave. Em relação à procedência dos alimentos, observou-se que todas as famílias compraram mais de 50% dos alimentos que consomia, sendo mais alto a compra de alimentos nas famílias que estavam em segurança alimentar 40% (n=2). Os principais alimentos produzidos para o autoconsumo foram frutas e hortaliças, representando 72% da produção das famílias. CONCLUSÃO: Conclui-se, que as famílias apesar de residirem na zona rural onde as condições são mais favoráveis para produzir seus alimentos, elas não os praticam; quando esta pode ser a chave para a segurança alimentar e nutricional. Portanto, vê-se a necessidade de incentivar estas famílias a produzirem e valorizar seus próprios alimentos. |