Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5796

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor João Vitor Lima Bueno
Orientador LUCIANA MOREIRA LIMA
Outros membros Eduardo Teles de Lima Lopes, Mateus Capobiango Bicalho
Título Correlação entre índices lipídicos e índices antropométricos em estudantes de graduação
Resumo Introdução: A literatura indica que obesidade e dislipidemias são importantes fatores predisponentes para ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV), principal causa de morte no Brasil atualmente. Clinicamente, a obesidade é avaliada por meio do índice de massa corpórea (IMC) e o perfil lipídico através da análise do colesterol-não-HDL (não-HDL-c). No entanto, os índices lipídicos tetravalente (LTI) e pentavalente (LPI), bem como o índice aterogênico do plasma (AIP) constituem novas e eficientes formas de avaliação do perfil lipídico; e a relação cintura estatura (RCE) é um importante índice para avaliação de obesidade.

Objetivo: O presente estudo avaliou o IMC e a RCE correlacionando-os aos diferentes índices lipídicos em estudantes de graduação, supostamente saudáveis.

Métodos: Participaram do estudo 30 estudantes de medicina da Universidade Federal de Viçosa (UFV), 18 (60%) do sexo masculino e 12 (40%) do sexo feminino, com media de idade de 21,4 ± 3,9 anos. Para a participação, foi requerida a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFV. Foram medidos peso, altura e circunferência de cintura dos estudantes e coletadas amostras de sangue venoso após jejum de 12h para dosagem de apolipoproteína A-1, apolipoproteína B, colesterol total, lipoproteína(a), triglicérides, HDL e LDL por meio de métodos diagnósticos específicos. LTI, LPI, AIP e não-HDL-c foram calculados por meio das equações LTI = [colesterol total x triglicérides x lipoproteína(a) / HDL], LPI = [colesterol total x triglicérides x lipoproteína(a) x apolipoproteína B / apolipoproteína A-1], AIP = [logaritmo na base 10 de (TG/HDL)] e não-HDL-c = [Colesterol total-HDL]. O IMC foi calculado pela fórmula [Peso (kg) / altura2(m)] e a RCE pela relação [medida da cintura(m) / medida da altura(m)]. . A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste T de Student e o teste de correlação de Pearson, adotando-se um nível de significância de 5%.

Resultados: Não foram observadas diferenças significativas entre os sexos masculino e feminino tanto nos índices lipídicos quanto nos índices antropométricos. Foram observadas correlações positivas e significativas entre as variáveis IMC e não-HDL-c (r=0,42; p=0,02), LPI e RCE (r=0,40; p=0,03) e LTI e RCE (r=0,42; p=0,02). Entre as demais variáveis não foram observadas correlações estatisticamente significativas.

Conclusão: O estudo indica que o IMC consegue predizer os níveis de colesterol não-HDL, mas não guarda relação com o AIP e com o LPI e LTI. A RCE, por sua vez, mostrou-se correlacionada ao LPI e ao LTI. Esses dados indicam uma perspectiva da utilização da RCE em auxiliar na predição do risco cardiovascular, como um marcador alternativo aos índices lipídicos LPI e LTI, dependendo da história clínica do paciente.
Palavras-chave índices antropométricos, índices lipídicos, estudantes.
Forma de apresentação..... Painel
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