Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5788

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética e Melhoramento Vegetal
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriella Cristina Botelho Mageste da Silva
Orientador TUNEO SEDIYAMA
Outros membros COSME DAMIAO CRUZ, Daniele Piano Rosa, Diego Santos Oliveira, Francisco Charles dos Santos Silva
Título Dissimilaridade genética entre cultivares de soja adaptadas a região Sul do Brasil
Resumo A soja [Glycine max (L.) Merrill] tem origem na China e foi introduzida no Brasil em 1882, no Estado da Bahia, porém, apenas em 1914 foi cultivada pela primeira vez na região sul do Brasil, mais especificamente, no Estado do Rio Grande do Sul. O melhoramento de soja no sul do país iniciou com a introdução de linhagens do Sul dos Estados Unidos e teve seu desenvolvimento sem levar em consideração as avaliações de ampliação ou redução da diversidade genética. Em termos de melhoramento, isso pode causar falta de variabilidade em germoplasma elite para resistência à doenças tornando essas cultivares vulneráveis geneticamente, além de um eminente alcance de um limite de produtividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar a diversidade genética de cultivares de soja adaptadas a região sul do Brasil. Os experimentos foram instalados em duas épocas de semeadura, em casa de vegetação, com delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Foram utilizadas 24 cultivares brasileiras de soja e avaliadas por 69 características (37 quantitativas e 32 qualitativas). A dissimilaridade foi calculada por meio da Distancia Generalizada de Mahalanobis (D²) para os caracteres quantitativos, e pelo complemento aritmético do Coeficiente de Jaccard para as variáveis qualitativas. As matrizes de dissimilaridade dos dados quantitativos e qualitativos foram somadas e, posteriormente, procedeu-se o agrupamento das cultivares por meio dos métodos UPGMA, Tocher e projeção gráfica. Os resultados evidenciaram que no UPGMA há maior discriminação entre as cultivares, formando 6 grupos. O grupo 1 foi formado por seis cultivares da Brasmax, quatro cultivares da Fundação Pró-sementes, três cultivares da Nidera, e uma cultivar da Coodetec, o que denota a existência de similaridade genética entre o germoplasma das referidas empresas. Dentre os seis grupos formados por esse método de agrupamento, cinco deles (grupos 1, 2, 3, 4 e 5) contiveram cultivares protegidas pela Nidera, três deles (grupos 1, 3 e 4) contiveram cultivares da Brasmax, dois deles (grupos 5 e 6) apresentaram cultivares da Monsanto, portanto, há maior variabilidade genética dentro desses programa de melhoramento do que entre eles. O agrupamento pelo método de Tocher diferenciou menos as cultivares, agrupando-as em apenas três grupos. Houve semelhança dos resultados gerados pelos métodos de agrupamento com os resultados da projeção gráfica das 24 cultivares no espaço bi-dimensional, uma vez que pela inspeção visual foi possível perceber a dissimilaridade entre os grupos 1, 2 e 3, sendo o grupo 3 (M 7639) é o mais distante do grupo 1, sendo este último composto predominantemente por cultivares de período juvenil curto. Além disso, verificou-se a existência de diversidade genética dentro do grupo 1, como relatado nos resultados gerados pelo método de agrupamento do UPGMA. Assim conclui-se que há dissimilaridade genética entre as cultivares da região adaptadas a região Sul.
Palavras-chave Glycine max (L.) Merrill, dissimilaridade, métodos de agrupamento
Forma de apresentação..... Painel
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