Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5787

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Mariana Ciribelli Dias
Orientador ERICA NASCIF RUFINO VIEIRA
Título Avaliação de compostos fenólicos e caracterização química de diferentes formulações de molho de pimenta “Dedo-de-moça” fermentado
Resumo A pimenta “Dedo-de-moça” (Capsicum baccatum var. pendulum) apresenta grande aceitação na culinária devido à sua adstringência e ao seu ardume típico. Por esta razão, tem sido crescente seu emprego na produção de molhos, em especial, fermentados. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma caracterização química e avaliação do teor de compostos fenólicos em amostras de molho de pimenta “Dedo-de-Moça” fermentado. As pimentas, adquiridas no comércio local de Viçosa e selecionadas quanto ao grau de maturação ideal, foram lavadas com água potável e sanitizadas em solução clorada (Sumaveg®), e em seguida, moídas em liquidificador industrial e transferidas para despolpadeira. Foram estabelecidos três tratamentos, para três micro-organismos distintos, que se diferenciaram pelo mosto, constituído pela massa de pimenta, contendo concentrações fixas de cloreto de sódio (50 g•L-1), diferentes concentrações de sacarose (100 g•L-1; 150 g•L-1; 200 g•L-1) e as bactérias: selvagens ou Lactobacillus acidophilus ou Lactobacillus plantarum. A fermentação ocorreu em garrafas PET, mantidas em estufa incubadora a 25 ºC por 4 semanas. Na caracterização química da polpa, as análises de pH foram realizadas por leitura direta em potenciômetro (Tecnopon) previamente calibrado (AOAC, 2000); a acidez, determinada por titulometria (IAL, 2005); a quantificação do teor de sólidos solúveis totais foi realizada em refratômetro de bancada, de acordo com a AOAC (2000); e a determinação de cor, realizada por leitura direta das coordenadas L*, a*, b* empregando a escala CIELAB L*, e utilizando-se o equipamento Color Reader CR – 10 (Minolta). Para a quantificação do teor de fenólicos totais, utilizou-se o reagente de Folin Ciocalteau por método colorimétrico (SHAHIDI e NACZK,1995). Observou-se uma diminuição nos valores de pH e um aumento na acidez até a terceira semana de fermentação. Após esse período notou-se um valor constante, possivelmente devido à degradação do ácido lático. Valores mais altos de pH e mais baixos de acidez foram notados para as amostras com 200 g•L-1 de açúcar, pois é possível que nem todo o açúcar tenha sido usado favorecendo a fermentação. Valores de ºbrix mostraram-se em decréscimo, sobretudo na segunda semana de fermentação, e estáveis após esse período devido a uma redução da atividade fermentativa dos micro-organismos. Não observou-se diferenças significativas no ângulo de ton (h°) entre as amostras, e estas se encaixavam na faixa de tonalidade do laranja. Na quantificação de compostos fenólicos não houve diferenças significativas entre os três tratamentos, e então, o teor de sal e açúcar e os micro-organismo utilizados não alteraram negativamente o teor de compostos fenólicos. Constatou-se que os molhos apresentaram notável quantidade de polifenóis, e, portanto, a pimenta é fonte de compostos fenólicos, sendo um fator positivo, visto os benefícios desses composto à saúde, e a relevância econômica e aceitação culinária das pimentas.
Palavras-chave Capsicum baccatum var. pendulum, molho fermentado, compostos fenólicos
Forma de apresentação..... Painel
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