Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5781

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Direito público e privado
Setor Departamento de Direito
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Paula Silva Coutinho
Orientador REGEL ANTONIO FERRAZZA
Título Imunidade jurisdicional sob a perspectiva de garantia dos direitos humanos
Resumo Introdução: O instituto da imunidade de jurisdição, cuja razão é a igualdade entre os Estados e o atributo de soberania destes sofreu processo de mitigação ao longo da história, visando a favorecer o particular. Um dos motivos de tal relativização é a garantia dos direitos humanos, cuja defesa se destacou no contexto internacional em especial após a Segunda Grande Guerra. Os direitos humanos são, ainda, normas imperativas (jus cogens), o que faz obrigatória a sua observância pelos Estados, sob pena de responsabilização. Objetivos: compreender a ideia de imunidade da jurisdição estatal; estudar as razões que motivaram a relativização da imunidade de jurisdição, em determinados casos, perante um ato de soberania estatal; explicitar a expressão "justiça de transição"; compreender a noção de crimes contra a humanidade; e pesquisar o posicionamento de tribunais internacionais e nacionais na efetivação do acesso à justiça das vítimas. Material e métodos: O material empírico utilizado foi primordialmente composto por ensinamentos doutrinários de Direito Internacional Público, artigos científicos, livros, teses de mestrado e doutorado, mas também se fez necessária a pesquisa de decisões jurídicas tratando do assunto. A metodologia de pesquisa científica abarcou fichamentos, relatórios, e sistematização do conteúdo estudado. Resultados e conclusões: Sendo o Estado omisso na garantia dos direitos humanos ou o violador ativo destes, por meio de seus agentes, a sua responsabilização é fundamental para que haja devida reparação. E, se os indivíduos cometeram crimes contra a humanidade, afrontando os direitos humanos, a responsabilização pessoal penal tem por objeto evitar a impunidade. No contexto da Lei da Anistia, esta consiste em obstáculo para tal responsabilização, porque o diploma tem por objetivo assegurar a justiça de transição. Apesar disso, a Corte Interamericana de Direitos Humanos tem decidido no sentido de garantir o acesso à justiça das vítimas, determinando que os Estados que passaram por períodos ditatoriais tomem ações tendentes a investigar os crimes lesa-humanidade, punindo os agentes e reparando os que tiveram seus direitos violados.
Palavras-chave Imunidade de jurisdição, Direitos Humanos, Direito Internacional Público
Forma de apresentação..... Painel
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