Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5772

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Bárbara de Araujo Shalaguti
Orientador ADRIANO NUNES NESI
Outros membros Alan Santos Magalhães, Aline Duarte Batista, Rinamara Martins Rosa
Título Utilização de casca de arroz carbonizada como fonte de silicio para cultivo de Nitzschia palea
Resumo O alto preço dos cultivos, principalmente em função da demanda de silicato nos meios, é um entrave para o uso de diatomáceas em escalas comerciais. A utilização de casca de arroz carbonizada, resíduo da indústria cerâmica, rica em silicato como suplementação de meios pode ser uma alternativa para redução de custos. O gênero Nitzschia representa um grupo dulcícola dessas algas com grande potencial de produção de lipídeos e elevada demanda de silício para seu cultivo. Assim, objetivou-se cultivar a diatomácea Nitzschia palea BR022, fornecendo silicato a partir da fonte alternativa casca de arroz carbonizada, sob diferentes concentrações de silicato visando identificar uma dosagem ideal do mesmo para a cepa. O experimento foi conduzido em sala de cultivo sob intensidade luminosa de 90 μmol fótons m-2 s-1, fotoperíodo 16:8 h de luz:escuro, temperatura de 24 ºC e agitação constante a 110 rpm. Foram aplicados 7 tratamentos: BG11 (meio padrão) controle, com adição de 6 mg. L-1 de Na2SiO3 e BG11 suplementado com diferentes quantidades de casca de arroz carbonizada fornecendo diferentes dosagens de silicato (0; 1,38; 6,95; 13,8; 20,84; 27,79 mg L-1). Foram feitas 5 réplicas por tratamento com densidade inicial de 2,5 x 105células mL-1, em frascos de 125mL (50mL de volume útil). A coleta para análises de biomassa livre de cinzas, pigmentos, carboidratos, lipídeos neutros e proteínas foi feita no 10º dia de cultivo (fase estacionária). O cultivo em meio suplementado com silicato proveniente de casca de arroz carbonizada promoveu um incremento de biomassa em relação ao controle para todos os tratamentos, com exceção de 0 mg L-1. O maior valor de biomassa foi observado para a concentração de 13,8 mg.mL-1 (0,89g.L-1), sendo superior ao controle (0,50g L-1). No entanto, este incremento em biomassa não foi correspondente ao percentual de lipídeos e carboidratos totais. O maior percentual de lipídeos foi no tratamento com 27,79 mg mL-1 de silicato (42,61%), sendo ligeiramente superior ao controle (39,05%). Neste tratamento o percentual de proteínas também foi superior ao controle, enquanto houve semelhança para carboidratos. Os resultados obtidos indicam a suplementação de silício utilizando como fonte casca de arroz carbonizada pode ser utilizada para o cultivo de Nitzschia palea. Adicionalmente verificou-se que a utilização dessa fonte de silício pode ser utilizada para modular o acúmulo de compostos de interesse nestes organismos.
Palavras-chave Silício, Diatomáceas, Casca de arroz
Forma de apresentação..... Painel
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