Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5760

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Priscila Vaz de Melo Ribeiro
Orientador ANA VLADIA BANDEIRA MOREIRA
Outros membros Andreza de Paula Santos Epifanio, HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF, Karla Pereira Balbino, Mônica de Paula Jorge
Título Idade e escolaridade são fatores associados aos marcadores metabólicos de indivíduos em hemodiálise
Resumo A doença renal crônica é consequência do mal funcionamento dos rins e pode levar a distúrbios no metabolismo mineral e ósseo. Assim, em indivíduos em hemodiálise (HD), distúrbios como a hipercalemia, hiperfosfatemia e hiperparatireoidismo são comuns. Tendo em vista a necessidade de acompanhamento e conhecimento dos fatores associados ao controle metabólico nesses indivíduos, o presente estudo teve como objetivo verificar a possível associação entre os marcadores metabólicos e dados socioeconômicos e clínicos em indivíduos em HD. Trata-se de um estudo transversal, realizado em setembro de 2015 com 83 indivíduos em HD (66,3% do sexo masculino com média de idade de 61±15anos), atendidos em um centro de Nefrologia. Os dados das concentrações séricas de potássio, fósforo, hormônio da paratireoide (PTH), produto CaXP, escolaridade, renda, sexo, idade e tempo de HD foram coletados a partir dos prontuários médicos. Os dados foram processados e analisados em software SPSS versão 20.0. A associação entre as variáveis foi testada pelo teste qui-quadrado de Pearson, adotando-se o nível de significância α <5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (CAAE: 27364314.8.0000.5153). Em relação aos marcadores metabólicos avaliados, 41% (n=34) dos indivíduos apresentavam hiperfosfatemia, 56,6% (n=47) hipercalemia, 59% (n=49) hiperparatireoidismo e 16,9% (n=14) apresentavam produto CaXP acima da recomendação. Quanto aos fatores socioeconômicos e clínicos, 68% (n=51) dos indivíduos estudaram até o ensino fundamental, 74,4% (n=61) tinham a renda de 1 a 2 salários mínimos e a mediana de tempo de HD foi de 51 meses (IQQ: 29-95). Verificou-se que a escolaridade apresentou associação inversa com o potássio sérico (p=0,019) e PTH (p=0,032). E o produto CaXP apresentou associação inversa com a idade (p=0,040). As demais variáveis socioeconômicas e clínicas não diferiram estatisticamente, assim como, entre o fósforo sérico e as demais variáveis. Em conclusão, verificou-se que, houve associação inversa entre a escolaridade, hipercalemia e hiperparatireoidismo, sugerindo que os indivíduos com menor escolaridade apresentavam maior ocorrência de hipercalemia e hiperparatireoidismo. Ainda, os idosos apresentaram um melhor controle do produto CaXP quando comparados com os adultos, possivelmente relacionado a maior adesão à dieta pelos idosos. Geralmente os indivíduos mais jovens referem maior dificuldade em cumprir as restrições dietéticas, talvez porque, de uma forma geral, mantenham uma vida social mais ativa.
Palavras-chave Hemodiálise, distúrbios metabólicos, dados socioeconômicos e clínicos.
Forma de apresentação..... Painel
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