Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5754

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Envelhecimento e qualidade de vida
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Nádia Marota Minó
Orientador RITA DE CASSIA PEREIRA FARIAS
Outros membros MARIA DA CONCEIÇÃO APARECIDA PEREIRA ZOLNIER
Título Representações de crianças e adolescentes sobre o processo de envelhecimento e estigmas ligados à velhice
Resumo O trabalho objetiva analisar as percepções de crianças e adolescentes sobre o processo de envelhecimento, uma vez que estas podem variar conforme as idades e as influências recebidas. A motivação para o estudo surgiu da observação cotidiana do preconceito que subjaz aos discursos sobre os idosos, principalmente no que se refere a piadas e publicações midiáticas. Os participantes da pesquisa foram estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental de duas escolas de Viçosa-MG, uma pública e outra particular, sendo 180 estudantes da primeira e 55 da segunda. Em termos metodológicos, utilizou-se de grupos focais e, para fomentar o diálogo com os estudantes, foram apresentadas imagens sobre idosos em situações diversas. Os resultados dos dois contextos foram, em sua maioria, semelhantes. Os dados revelaram muitas percepções negativas sobre a velhice como uma etapa de vida marcada por limitações, dependência, ociosidade, inutilidade e incapacidade, além de uma corporalidade decadente. As representações positivas, em menor proporção, estavam ligadas a experiência de vida, sabedoria e capacidade para dar bons conselhos. A longevidade como privilégio e a possibilidade de o idoso manter uma vida ativa e estabelecer relações intergeracionais também foram destacadas. Os estudantes manifestaram uma não apreciação pela estética dos velhos, embora tenham se mostrado desfavoráveis às intervenções cirúrgicas. Em termos gerais, verifica-se que a velhice é bastante estigmatizada pelos estudantes deste estudo, e isso talvez se deva a conhecimentos advindos do senso comum, bem como à falta de informação sobre o assunto. As escolas em estudo, durante o período da coleta de dados, não desenvolviam qualquer trabalho que pudesse mudar essa realidade. Considerando o aumento do número de idosos na população brasileira, almeja-se com esta pesquisa contribuir para a construção de reflexões e ações que valorizem os idosos e motivem as relações intergeracionais nas famílias, escolas e demais instâncias da sociedade.
Palavras-chave Envelhecimento, estigmas, representações sociais.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,68 segundos.