Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5728

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jéssica Paula da Cruz
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Sarah Aparecida Vieira
Título Fatores associados ao baixo peso ao nascer de crianças acompanhadas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC), no município de Viçosa-MG.
Resumo Objetivo: avaliar os fatores associados ao baixo peso ao nascer de crianças acompanhadas pelo Programa de Apoio a Lactação (PROLAC), do município de Viçosa-MG.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal com análises de dados secundários, no qual foram obtidas informações de prontuários de atendimentos de lactentes acompanhados pelo PROLAC no município de Viçosa/ MG. Foram obtidos dados de 1298 lactentes, acompanhados no período de agosto de 2003 a setembro de 2014. As informações coletadas foram referentes às condições de nascimento, gestacionais e sociodemográficas. Avaliou-se os possíveis fatores associados ao baixo peso ao nascer dos lactentes pela analise de Qui-quadrado de Pearson, considerando a significância estatística de 5%.
Resultados: 51,5% dos lactentes eram do sexo masculino e 57,6% nasceram de parto cesáreo. Em relação às mães 18,3% eram adolescentes; 28,1% não tinham companheiro; 23,5% apresentavam sobrepeso ou obesidade e 8,4% apresentavam baixo peso; 38,1% tiveram um ganho de peso insuficiente na gestação e 23,9% excessivo. A prevalência de baixo peso ao nascer entre os lactentes foi 7,8%.
Houve associação significante entre idade materna inferior a 20 anos (OR= 1,66; IC 95% 1,02-2,69; p=0,038), idade gestacional menor que 37 semanas (OR= 17,27; IC 95% 10,56-28,24; p=0,001), número de consultas pré-natal inferior a 6 (OR=2,06; IC 95% 1,34-3,17; p=0,001), ganho de peso durante a gestação (OR= 2,29; IC 95% 1,23-4,23; p=0,001), renda menor ou igual a 2 salários (OR= 1,61; IC 95% 1,05-2,48; p=0,029) e paridade maior que 3 (OR= 3,94; IC 95% 1,73-8,27; p=0,001) com o baixo peso ao nascer.
Conclusão: É importante a implementação de políticas de saúde que sejam dirigidas para um melhor acompanhamento pré-natal, e uma maior conscientização sobre a gravidez na adolescência bem como a importância de uma alimentação saudável a fim de se evitar o ganho de peso inadequado ou excessivo durante a gestação, já que a prevenção e intervenção sobre os fatores associados ao baixo peso ao nascer são imprescindíveis para reduzir o risco de mortalidade infantil.
Palavras-chave Baixo-peso, fatores de risco, prematuridade.
Forma de apresentação..... Painel
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