Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5726

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bárbara Luiza Teixeira Lopes
Orientador ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA
Outros membros Vanessa Aparecida Moreira de Barros
Título Os efeitos “não esperados” da previdência social rural e seu impacto na vida dos idosos rurais
Resumo A presente pesquisa, de caráter descritivo, teve como objetivo verificar as características sociodemográficas das famílias com idosos rurais. Para tanto, tomou-se como ponto de corte para a análise, a universalização da previdência social rural após a implementação da Constituição em 1988. O estudo foi dividido em duas etapas: na primeira etapa foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca da temática trabalhada, buscando se construir o estado da arte relativo à previdência social. Com base nesta revisão bibliográfica, identificou-se as pesquisas realizadas, especificamente, sobre a previdência social rural. Na segunda etapa da pesquisa foi mapeado a distribuição dos benefícios ativos da previdência social rural no Brasil enfatizando a proporção da distribuição por sexo e região. Para a análise da pesquisa bibliográfica utilizou-se o software ALCESTE (Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto). Os resultados da revisão bibliográficas evidenciaram que a renda previdenciária contribuiu para fortalecer a economia dos pequenos municípios e das regiões economicamente frágeis. A pesquisa bibliográfica apontou, ainda, para o fato do reflexo do recebimento da previdência rural ter impactos no mercado local, nas receitais municipais, no PIB e no IDH, contribuindo para a diminuição da pobreza local. No âmbito privado, as pesquisas demonstraram que a renda da previdência passou a ser o suporte do orçamento familiar, tanto para o idoso, quanto para os demais membros que coabitavam o lar. O idoso passou a assumir um papel de destaque, como portador de uma renda fixa, tornando-se o provedor que contribui para a reprodução social do grupo familiar. Nas relações familiares ficou evidente a posição que a mulher passou a ocupar após ter acesso a previdência. Antes, a mulher rural não tinha acesso a renda familiar, era o esposo quem gerenciava os recursos, agora ela passava a ter um cartão no seu nome, a receber uma renda e a poder planejar o “que” e “quando” comprar. Ao consultar os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social verificou-se, ainda, que o total de benefícios concedidos apresentou uma ampliação de um total de 271 mil em 2004 para aproximadamente 400 mil em 2013. A região de destaque foi o Nordeste. Esta região usufrui do suporte financeiro previdenciário que contribuiu para a diminuição da pobreza rural. Por fim, destaca-se que a partir do momento que os idosos acessaram a política pública de previdência que lhes garantiu uma renda mensal, esta gerou um sentimento de segurança que lhes possibilitou planejar o futuro, rompendo com as práticas cotidianas voltadas para a busca de garantir a reprodução imediata do grupo familiar.
Palavras-chave previdência social rural, efeitos não - esperados, idosos rurais
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,69 segundos.