Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5705

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lubia da Silva Teixeira
Orientador DIMAS MENDES RIBEIRO
Outros membros Karla Gasparini dos Santos, Thaline Martins Pimenta
Título Inter-relações entre giberelinas e dióxido de carbono no crescimento e no metabolismo de plantas de tomate
Resumo O crescimento e desenvolvimento das plantas envolvem divisão e expansão celular e ambos os processos são sensíveis a uma elevada concentração de dióxido de carbono ([CO2]). O estímulo do crescimento das plantas promovido pelas giberelinas também envolvem mudanças tanto na divisão como na expansão das células. Enquanto os efeitos gerais promovidos por giberelinas são conhecidos, o seu papel na determinação do crescimento e no metabolismo primário das plantas sob elevada [CO2] é, ainda, pouco conhecido. Assim, o presente trabalho objetivou analisar as ações integrativas entre as giberelinas e a elevada [CO2] no crescimento e na alocação de carboidratos não estruturais entre a parte aérea e as raízes das plantas de tomate. Para isso, sementes de tomate do tipo selvagem (Solanum lycopersicum L. cv Moneymaker) e sementes de planta mutante deficiente na biossíntese das giberelinas (W335) foram semeadas em solo em vasos plásticos com 3 L de capacidade. Três semanas após a semeadura das sementes procedeu-se o desbaste das plântulas deixando-se apenas uma planta por vaso. Em seguida, as plantas foram cultivadas em câmaras de topo aberto sob concentração ambiente (400 µmol CO2 mol-1) e sob elevada concentração de CO2 (750 µmol CO2 mol-1), por um período de 21 dias. O mutante W335 apresentou uma significativa redução na fração de massa foliar em relação às plantas selvagens mantidas sob [CO2] ambiente. Ademais, a fração de massa radicular foi significativamente maior nas plantas do mutante em relação as plantas selvagens sob [CO2] ambiente. Interessantemente, a elevada [CO2] aumentou a fração de massa foliar das plantas do mutante, mas reduziu a fração de massa radicular das plantas deficientes em giberelinas, em comparação com as plantas selvagens cultivadas sob [CO2] ambiente. Isso coincidiu com os menores níveis de glicose, frutose, sacarose e amido nas folhas bem como com os maiores níveis de açucares solúveis nas raízes do mutante W335 cultivadas sob [CO2] ambiente, em comparação com as plantas selvagens. Além disso, a [CO2] elevada aumentou os níveis de frutose, glicose, sacarose e amido nas folhas das plantas W335. No caule, os níveis de amido, sacarose e frutose foram aumentados, enquanto os níveis de glicose foram reduzidos em plantas W335 sob [CO2] ambiente, em comparação com as plantas selvagens cultivadas sob [CO2] ambiente. Por outro lado, os níveis amido e açucares solúveis mantiveram mais estáveis no caule tanto das plantas do mutante e do tipo selvagem cultivadas sob [CO2] elevada. Em resumo, a habilidade das plantas deficientes em giberelinas em utilizar mais eficientemente os elevados níveis de carbono sob [CO2] elevada influenciou diretamente o seu crescimento.
Palavras-chave Dióxido de carbono, Giberelinas, Solanum lycopersicum
Forma de apresentação..... Painel
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