Resumo |
A utilização do sensoriamento remoto e o geoprocessamento para a análise temporal vêm sendo cada vez mais frequente devido a sua importância na compreensão do espaço e das para o melhoramento das avaliações de impactos ambientais e mudanças ocorridas em determinada área. Seu uso colabora para uma melhor quantificação de tipos de uso do solo. O monitoramento de uma determinada área permite a atualização das informações de uso e cobertura vegetal com base nas repetições de aquisição das imagens ajudando no planejamento para a utilização da terra. O presente trabalho teve como objetivos criar uma base cartográfica e mapear o uso do solo na área do Projeto de Assentamento Trairão, localizado na cidade de Amajari - RR desde sua implantação em 1992. Nas últimas três décadas, as técnicas de sensoriamento remoto têm se destacado como os principais métodos empregados no mapeamento do uso e cobertura do solo, sendo este tipo de mapeamento essencial em estudos de gestão ambiental, em avaliações de biodiversidade e no apoio às decisões de ações ambientais, sociais e políticas econômicas. Utilizou-se da dinâmica espaço-temporal para quantificar as modificações de uso do solo na região do Assentamento Trairão ao longo dos anos 1984 até 2014 com o intervalo de 10 anos para cada imagem, obtendo-se para os anos de 1984, 1994 e 2004 imagens LANDSAT 5 adquiridas gratuitamente no site do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e para o ano de 2014, a imagem LANDSAT 8 através do site do EarthExplorer, do Serviço Geológico Norte-americano (United States Geological Survey - USGS).O critério utilizado para aquisição das imagens foi a menor cobertura de nuvens. Posteriormente essas imagens foram processadas no software Arcgis 10.1 resultando em uma classificação não supervisionada feita pelo algorítimo “Iso cluster” que classifica os pixels com padrão de reflectância semelhantes e, em etapa posterior, realizou a conversão dos arquivos para o formato shapefile. As correções foram realizadas manualmente no programa Arcgis 10.1. Desta forma, a partir do processamento das imagens obteve-se os mapas com as respectivas classes de uso e ocupação do solo, resultando em uma análise quantitativa satisfatória para os objetivos propostos. A diferença de 10 anos entre as imagens teve inicialmente um maior impacto, constatando-se como as mudanças ocorreram e que as mesmas sucederam de forma acentuada nos anos seguintes à implantação do assentamento. A evolução de uso e ocupação do solo demonstrou que a classe Floresta Ombrófila Densa, veio diminuindo sua área ao longo do tempo e com o aumento da ocupação, fazendo com que as outras classes de expandissem. Demonstrando a degradação do solo que por consequência também aumentava, e seguia no mesmo sentido que o aumento da área do assentamento. |