Resumo |
Este projeto está sendo desenvolvido junto a agricultores familiares de comunidades rurais dos municípios de Sem Peixe-MG e de Viçosa-MG. Com os agricultores está sendo problematizado o modelo de agricultura convencional adotado. Com as atividades do projeto, algumas alternativas de produção mais baratas, acessíveis e saudáveis estão sendo experimentadas. Em parceria com a EMATER-MG e Grupos de Agroecologia da UFV, vários trabalhos vem sendo desenvolvidos no sentido de apoiar e motivar uma transição agroecológica. O projeto tem dois focos: Água e Homeopatia, que sintetizam, no momento, a preocupação com a vitalidade e o equilíbrio socioambiental. Foram realizadas diversas orientações técnicas com grupos de agricultores, na forma de oficinas, dias de campos, palestras e demonstrações técnicas. Nesses eventos foram tratados diversos assuntos como qualidade e quantidade da Água; Homeopatia na Agropecuária; produção do EM (Microorganismos Eficientes)e do Bokashi; caldas naturais para controle de pragas e doenças. Essas abordagens implicam na proposição de técnicas e tecnologias sociais importantes para uma transição agroecológica, na medida em que elas têm permitido às famílias agricultoras repensar outras possibilidades de produção ao substituir insumos industriais (adubos químicos e agrotóxicos) por recursos e bens mais naturais, eficazes e disponíveis nas propriedades. O foco na Água surgiu da crise hídrica vivida no presente e que, no meio rural, também é muito evidente. Com base na experiência do projeto capixaba Plantio de Água, a problematização e formação dos agricultores tem se dado por meio da aplicação de técnicas de manejo e conservação do solo e agua e de saneamento rural. Assim, a equipe do projeto tem se empenhado na orientação para construção de diversas estruturas e sistemas, como: caixas secas, caixas cheias, terraceamentos, cuidado com as Áreas de Proteção Permanente(APPs), fossas Biodigestoras e Evapotranspiradoras (para tratamento das águas escuras) e Círculo de Bananeiras (para tratamento das águas cinzas). A experimentação das técnicas marca o processo pedagógico que é de mútua aprendizagem, pois ela permite avaliações dos resultados e adaptações possíveis, o que facilita a adoção e transformação do ambiente e da produção, no dia a dia da agricultura familiar nos dois municípios. Nesse processo, cabe destacar a importância do trabalho coletivo ou comunitário, o que tem exigido dos agricultores o fortalecimento de suas formas de organização social. Assim, para uma transição agroecológica, a interdependência entre mudanças técnicas e organização social fica evidente. |