Resumo |
A adolescência é um período compreendido de 10 a 19 anos. Por ser uma fase marcada por mudanças físicas e psicológicas, necessita de mais atenção. É nesta idade que as preocupações relacionadas à estética começam a surgir, visando estar dentro dos padrões impostos, esquecendo-se das possíveis consequências. O estudo foi realizado com adolescentes de um Colégio de Aplicação nos anos de 2012 a 2015, objetivando avaliar o estado nutricional e o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. Para a avaliação antropométrica dos alunos, utilizou-se a balança eletrônica, visando mensurar o peso a estatura foi obtida com o auxílio do antropômetro vertical. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado pela divisão do peso (kg) pela estatura (m) ao quadrado e a classificação do estado nutricional foi realizada no software WHO Anthro Plus. Os referencias e pontos de corte utilizados foram determinados pelo World Health Organization (2007), segundo sexo e idade. Para realizar a triagem dos transtornos alimentares, aplicou-se o questionário Eating Attitudes Test (EAT-26), onde os com pontuação superior a 20 foram considerados com triagem positiva. O cálculo foi feito com base nas respostas contidas no questionário EAT-26, sendo 0 o valor correspondente a nunca ou raramente, 1 as vezes ou frequentemente, 2 muito frequentemente e 3 sempre. Na questão 4 os valores foram invertidos. Foram avaliados 314 participantes, sendo 164 meninas e 150 meninos com idade média de 15,66 e 15,67 anos, respectivamente. Em relação ao estado nutricional, 80,25% (n=252) apresentaram eutrofia, 4,46% (n=14) baixo peso, 12,42% (n=39) sobrepeso e 2,87% (n=9) obesidade. Após a classificação, segundo o sexo, constatou-se que a adequação referente ao estado nutricional prevaleceu no sexo feminino, sendo que 87,80% das meninas (n=144) foram consideradas eutróficas, enquanto 72% (n=108) dos meninos apresentaram estado nutricional adequado. O baixo peso esteve presente em 4,27% (n=7) das meninas, o sobrepeso em 7,32% (n=12) e obesidade em 0,61% (n=1). Em relação ao sexo masculino, 4,67% (n=7) foram identificados com baixo peso, 18% (n=27) sobrepeso e 5,33% (n=8) obesidade. A baixa estatura foi constatada em 0,64% (n=2) dos adolescentes, sendo um em cada sexo. Dos 314 adolescentes, 11,47% (n=36) apresentaram triagem positiva para transtornos alimentares. Destes, 72,22% (n=26) correspondiam ao sexo feminino. A maioria dos adolescentes identificados com triagem positiva apresentaram eutrofia, representando 83,33% (n=30) dos estudantes. 5,56% (n=2) estavam abaixo do peso, 8,33% (n=3) com sobrepeso e 2,78% (n=1) com obesidade. Em relação ao estado nutricional, conclui-se que houve prevalência de baixo peso, sobrepeso e obesidade em pessoas do sexo masculino. Constatou-se que adolescentes do sexo feminino estão mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos alimentares, representando majoritariamente os indivíduos com triagem positiva. |