Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5653

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Edjon Gonçalves Santos
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros Ana Flávia Costa da Silveira, Ana Paula Martins de Souza, Andre Silva de Oliveira, ROBSON RICARDO TEIXEIRA
Título Avaliação do efeito antiviral de análogos da Indan-1,3-diona contra o vírus Dengue e a Protease do vírus West Nile
Resumo O Dengue surgiu nas últimas duas décadas como a mais importante e frequente arbovirose viral transmitida globalmente. Durante as últimos cinco décadas, a incidência da dengue aumentou cerca de 30 vezes. O vírus dengue pertence à família Flaviviridae, gênero Flavivírus, e tem quatro sorotipos (DENV 1-4), que são clinicamente indistinguíveis. O West Nile Vírus – WNV, também é um flavivírus que se tornou uma importante causa de doenças humanas e animais em todo o mundo. WNV tem aumentado sua distribuição geográfica, atingindo a África, Oriente Médio, sul da Europa, Rússia ocidental, sul da Ásia ocidental, Austrália, América do Norte e recentemente o Brasil. Apesar de alguns flavivírus já apresentarem vacinas disponíveis, Dengue e a doença causada por WNV ainda não apresentam vacinação eficiente e global. Diante dos desafios para o desenvolvimento de uma vacina, pesquisas para terapias antivirais tem se tornado relevantes, principalmente para casos graves das duas doenças. Nesse trabalho foi realizado uma triagem antiviral de substâncias derivadas da classe da indan-1,3-diona contra o vírus dengue e protease do WNV, tentando elucidar seu mecanismo de ação. O particular interesse nessas classes se deve ao variado espectro de atividade biológica. Foi utilizado ensaio enzimático para triagem com a protease de WNV, seguido de ensaio de placas de lise em células VERO com o vírus dengue e os compostos selecionados no ensaio enzimático. Dos 17 derivados da indan-1,3-diona, cinco compostos apresentaram comportamento inibitório, com redução de cerca de 100, 41, 16, 15 e 2% da atividade enzimática na concentração única de 16,6µM dos compostos. Observou-se que todos possuíam um grupo hidroxila nas posições meta e/ou para do anel aromático da porção alquilideno das indandionas. A inibição enzimática foi avaliada na presença de variadas concentrações dos compostos (10) e (12), que haviam inibido 41 e 100% da atividade enzimática. Os dois compostos apresentaram inibição dose-resposta, com valores de IC50 de 11,27µM e 3,19µM respectivamente. Ensaio de citotoxicidade foi conduzido em células VERO e o valor da concentração dos compostos testes que matou 50% das células (CC50) foi obtido por regressão não-linear e foi de 63,16 e 51,55 µM respectivamente para (10) e (12). O ensaio antiviral conduzido com DENV-1 e o valor da concentração dos compostos teste que inibiu 50% da infecção viral (EC50) foi de 5,47 e 4,73 µM para (10) e (12), levando a respectivos valores de índice de seletividade (IS) de 12 e 11. Os valores de IC50 e IS indicam que os compostos selecionados são promissores antivirais no combate à infecção pelos vírus DENV e WNV. Novos ensaios serão conduzidos com os vírus DENV-2-4 e ZIKV (vírus Zika) para verificar se os compostos são efetivos contra esses demais flavivírus.
Palavras-chave Dengue, West Nile, Antiviral
Forma de apresentação..... Painel
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