Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5641

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, diversidade e inclusão
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Aline Souza dos Santos
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Paloma de Paula Fagundes, Thiago César da Silva
Título Gênero e sexualidade na escola
Resumo Como parte das atividades da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, esta pesquisa buscou refletir sobre as questões de gênero e sexualidade pela/na escola. O respaldo são as discussões sobre gênero e sexualidade nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997-1999). Já na Constituição Brasileira de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE: 2011 – 2020), que, apesar de não fazerem menções diretas em relação ao debate de gênero e sexualidade, revelam tópicos que tangenciam a inserção do mesmo nas escolas e permitem inferir que as diferenças devem ser respeitadas, inclusive incluídas para serem reconhecidas. O PCN (1997) é o documento que deixa mais visível a abordagem quando coloca que a Orientação Sexual pode ser feita por qualquer educador/a, sendo estas situações propícias para um/a educador/a de qualquer área interferir no debate, desde que se sinta preparado para isso. Amparados pela Legislação e pelos estudos de Louro (2003, 2010), e Freitas (2014), realizamos uma pesquisa sobre a temática, de forma a também nos embasar para a abordagem na escola. Assim, por meio de questionário aplicado a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio, além de entrevistas semiestruturadas a professores de uma escola pública de Araponga/MG, buscamos entender como esta escola se encontra no que se refere a este debate. As perguntas se relacionaram as questões sobre gênero e sexualidade abordados no currículo escolar, abordagem da temática na família, homofobia, dentre outros. Os resultados apontam que ao contrário do que propõem as leis e o PPP da escola, a abordagem do tema ‘Gênero e Sexualidade’ não tem sido trabalhada (pelo menos, satisfatoriamente) dentro da escola. Isso, porque, nem mesmo os profissionais têm clara a existência dessas leis e o que, de fato, seja o gênero e a sexualidade, menos ainda o que se deve trabalhar a respeito desse tema. No questionário aplicado aos alunos, verificamos que 78% presenciaram a abordagem do tema de Educação Sexual na escola, mas demonstram pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto. Acerca da diferença entre gênero e sexualidade, apenas 30% afirmaram existir diferença entre tais questões. Porém, quando questionados, 85% dos alunos responderam que a escola devia se envolver em projetos sobre sexualidade e a grande maioria dos alunos (85%) compartilham a vontade de saber mais acerca do gênero. Quanto aos professores, todos/as demonstraram não compreender os conceitos sobre os quais foram questionados e, portanto, não conseguiram discorrer sobre o assunto. Apesar disso, todos concordam que seja necessário que a escola trabalhe com esses temas, para que a formação do cidadão seja completa. Desta forma, podemos concluir que, no que se refere à temática Gênero e Sexualidade, temos ainda um longo caminho no sentido de desmistificar preconceitos e formar para a cidadania.
Palavras-chave gênero, sexualidade, educação
Forma de apresentação..... Painel
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