Resumo |
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam um grave problema de saúde pública¹. Estimativas da OMS apontam que entre 5 a 10% dos pacientes que utilizam os serviços hospitalares adquirem uma ou mais infecções². Devido a isso, o controle das IRAS representa uma das metas internacionais de qualidade e segurança do paciente². Dentre as complicações associadas às IRAS estão a morbimortalidades, o aumento do tempo de internação, mais procedimentos invasivos, elevação do consumo de antimicrobianos e a disseminação de bactérias multirresistentes¹. Portanto, todos profissionais são responsável por esse controle e devem realizá-lo através de medidas educativas e boas práticas². Nesta perspectiva, as orientações sobre as práticas de biossegurança deve ter um enfoque multiprofissional, além de envolver o paciente como ator neste processo. Objetivos: relatar experiências na utilização de estratégias educativas sobre as prevenção de IRAS. Descrição das principais ações: Trata-se de um relato descritivo sobre parte das atividades de um projeto de extensão intitulado “Implantação do Processo de Acreditação Hospitalar e Programa de Segurança do paciente em um Hospital Ensino” vinculado a Universidade Federal de Viçosa (UFV). As atividades foram realizadas de março a julho de 2016, em um hospital filantrópico, credenciado como Hospital de Ensino, localizado no interior de Minas Gerais. Destaca-se o caráter educativo do projeto com ações voltadas para a comunidade e os profissionais de saúde visando à segurança do paciente e melhorias na assistência. Dentre as estratégias educativas utilizadas estão à metodologia dialógica e participativa, além de distribuição de folders voltados para prevenção de IRAS envolvendo os profissionais de saúde, os pacientes, seus familiares e visitantes. As orientações consistem em informações sobre as medidas de biossegurança e controle de infecções hospitalares como uso de materiais de proteção e higienização das mãos. Resultados alcançados até o momento: Os folders elaborados atendem as medidas de segurança do paciente bem como as recomendações da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quanto o que fazer ao entrar em contato com o paciente que se encontra internado. Observou-se que as orientações e os folders tem sido eficazes para orientar os profissionais, visitantes e pacientes quanto à adoção de práticas seguras, controle de infecção e, portanto, maior segurança do paciente. Conclusões: A instituição hospitalar nutre compromisso com a biossegurança e segurança do paciente, visando à redução das IRAS. O enfoque educacional em saúde deve ser construído por meio dos saberes e experiências, sendo o meio mais eficaz para que as informações sejam de fácil entendimento e inclua pacientes e familiares em prol da sua própria segurança. A atividade proporcionou adquirir experiências que revelam a importância da integração entre extensão-ensino-serviço prestado a comunidade. |