Resumo |
No campo do Secretariado Executivo, a busca por um conhecimento mais aprofundado sobre os assuntos ligados de forma direta ou transversal à profissão está tomando destaque nos cursos de graduação pelo Brasil. Por isso, o objetivo deste estudo foi conhecer e analisar os grupos de pesquisa em Secretariado Executivo e a sua importância para a construção do conhecimento da área e verificar a hipótese da criação de uma teoria própria. Ademais, de forma complementar, buscou-se compreender a rede social formada pelos pesquisadores em Secretariado, já que houve um surgimento de novas práticas de cooperação entre os eles, tendo em vista a facilidade dos atuais meios de comunicação. Para isso, utilizou-se a abordagem qualitativa, bem como a aplicação de um questionário para os membros dos grupos, além da operacionalização de um software, que auxiliou na formação das ligações da rede social existente. Os resultados obtidos revelaram a existência de 10 grupos de pesquisa na área secretarial no Brasil, sendo que a maioria possui uma afinidade com a Administração. Verifica-se uma tendência em qualificação stricto-sensu, principalmente pelo fato de que a atividade fim dos grupos é a investigação científica, demandando, assim, formação acadêmica que auxilie no crescimento da equipe. Além disso, impasses como falta de pessoal, financiamento e literatura adequada são queixas presentes. A rede social demonstrou que 61% dos pesquisadores de Secretariado Executivo formam ligações fortes entre ele. Porém, somente 40% se conectam. Pode-se chegar à conclusão de que os grupos de pesquisa ajudam a fazer com que aos poucos o número de produções científicas aumente, podendo assim embasar as atividades mais “técnicas” do Secretariado Executivo e contribuir com a formação de uma epistemologia. Combinados à formação de parcerias entre os autores da mesma ou de universidades diferentes, a rede social fortalece e possibilita a criação de outros grupos de estudo, atraindo cada vez mais o interesse dos estudantes. |