Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 5621

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Jhonny Jose Magalhaes Guedes
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Anderson Marcos de Oliveira, Clodoaldo Lopes de Assis, Sofia Luz Andrade Barreto
Título Lagartos e anfisbenas do município de Cataguases, Minas Gerais, Brasil.
Resumo Atualmente são conhecidas no Brasil 266 espécies de lagartos e 73 anfisbenas, sendo estas distribuídas em 15 famílias. Estudos que visam realizar levantamentos faunísticos são de extrema importância para que possamos entender tanto a distribuição das espécies, quanto suas relações biogeográficas, e consequentemente, tomar medidas para conservação, monitoramento e manejo das mesmas. Dentre os biomas brasileiros, a Mata Atlântica se destaca em termos de riqueza de espécies e endemismo, possuindo cerca 300 espécies de répteis, onde 95 destas são endêmicas deste bioma. Este estudo tem como objetivo contribuir para o conhecimento sobre a biodiversidade de répteis em uma região ainda pouco amostrada na Zona da Mata. Neste estudo, foram analisadas as informações de lagartos e anfisbenas coletados na microrregião de Cataguases, localizada na mesorregião da Zona da Mata mineira, e depositados na coleção herpetológica do Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV). Os dados foram analisados a partir do livro de tombo digitalizado, que possui informações de todos os espécimes coletados e posteriormente depositados na coleção herpetológica MZUFV. No total, estão depositados 94 espécimes de 17 espécies, distribuídas em 12 famílias. A família com maior representatividade foi Phyllodactylidae, com 25 indivíduos, seguido de Leiosauridae, com 16 indivíduos, e Amphisbaenidae, com 14 indivíduos. A família Mabuyidae apresentou maior riqueza de espécies (n=3), mesmo com apenas 5 espécimes depositados na coleção. As famílias de menor representatividade foram Iguanidae e Gekkonidae, com apenas 1 indivíduo cada, onde ambas as espécies coletadas (Iguana iguana e Hemidactylus mabouia), são exóticas na Mata Atlântica. Iguana iguana é nativa de outros biomas brasileiros, mas que devido ao seu uso como animal de estimação, acaba sendo liberada de forma intencional ou não em ambientes onde não ocorria anteriormente. Hemidactylus mabouia é conhecida vulgarmente como lagartixa-taruíra, sendo nativa do continente Asiático. Atualmente é amplamente distribuída por todo o Brasil, sendo facilmente encontrada em edificações, portanto, o baixo número de indivíduos coletados está associado ao fato de ser um animal relativamente comum e exótico. Dentre as 17 espécies encontradas na microrregião de Cataguases, quatro são endêmicas da Mata Atlântica, sendo elas: Ecpleopus gaudichaudi, Enyalius boulengeri, Psychosaura macrorhyncha e Gymnodactylus darwinii. Estudos feitos em outras localidades da macrorregião, como na Serra do Brigadeiro, Viçosa e Juiz de Fora, mostraram também um número relativamente alto de espécies de lagartos e anfisbenas, sendo estes respectivamente: 10, 14 e 15. Além de aumentar o conhecimento sobre a fauna local, estudos como este contribuem para a compreensão das taxas de endemismo, padrões biogeográficos e possíveis planos de conservação da biodiversidade.
Palavras-chave Zona da Mata, Mata Atlântica, Répteis brasileiros.
Forma de apresentação..... Painel
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