Resumo |
A manga destaca-se como uma fruta de alto valor comercial em muitas regiões do mundo, principalmente nas regiões tropicais. Polivalente, ela pode ser consumida de diversas formas, como: in natura, geléias, doces, sucos e polpa congelada. A manga também é muito utilizada na indústria, especialmente a variedade ‘Ubá’. Uma de suas vantagens é a manutenção da coloração amarelo-claro e do aroma após o processamento, o que faz com que as agroindústrias da região, concentradas nos municípios de Visconde de Rio Branco, Ubá e Astolfo Dutra, processem praticamente esta variedade. Em diversos estudos de caracterização física e química dos frutos de cultivares de mangueira, a variedade ‘Ubá’ apresenta os mais altos teores de vitamina C, carotenóides e açúcares solúveis totais. Contudo, nas agroindústrias, tem-se observado variações na qualidade das mangas ‘Ubá’ provenientes de diferentes produtores. Estas diferenças podem estar relacionadas aos diferentes sistemas de manejo em pré e pós-colheita adotados. Muitos produtores utilizam o processo de ‘derriça total’, quando os mesmos atingem o ponto de colheita. Neste processo, os frutos caem de diversas alturas sobre o solo, que pode estar protegido ou não, sofrendo sérios danos mecânicos. Frutos e hortaliças que sofrem danos mecânicos, rupturas superficiais e destruição dos tecidos podem ter além de modificações físicas, alterações fisiológicas e químicas, com modificações na cor, aroma, sabor e textura. Assim sendo, o presente trabalho teve por objetivo o estudo de alterações nos teores de sólidos solúveis em frutos de manga ‘Ubá’ submetidos a diferentes intensidades de dano mecânico de impacto. Frutos provenientes da Faz. Experimental da Sementeira, localizada em Visconde do Rio Branco, MG, foram colhidos manualmente, quando atingiram o estádio ‘de vez’, durante a safra de 2012/2013, e transportados até o Lab. de Análises de Frutas do Setor de Fruticultura da UFV. No laboratório, foi feita mais uma seleção, a fim de uniformizar ainda mais as amostras, em relação ao tamanho e estádio de maturação. Após a seleção, no Galpão de Pós-Colheita do Setor de Fruticultura, os frutos foram deixados cair em queda livre a alturas de 1, 2, 3, 4 e 5 metros, constituindo assim os tratamentos. Os frutos do controle (testemunha) não receberam impacto de queda. Foram feitas 5 repetições, com 8 frutos por unidade experimental. Após a aplicação dos tratamentos, os frutos foram acondicionados em câmaras de amadurecimento, com quantidade previamente calculada de carbureto de cálcio, até o completo amadurecimento (coloração da casca amarela). As leituras do teor de sólidos solúveis foram feitas de acordo com as normas analíticas do IAL (2008). Foram encontradas diferenças entre os tratamentos pelo teste de Dunnett a 5% de probabilidade, sendo que os frutos do controle apresentaram maior teor de sólidos solúveis. |