Resumo |
Introdução: O aumento gradativo da população idosa é observado no Brasil e no mundo, sendo 10,8% da população brasileira representada por idosos. Nota-se aumento da demanda dos serviços de saúde em função das prevalências crescentes de doenças crônicas não-transmissíveis em idosos, sendo importante investigar os fatores contribuintes para a incidência destas doenças. Objetivos: Avaliar as prevalências de obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemias em idosos e suas associações com comportamentos de risco, tais como tabagismo, etilismo e sedentarismo. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com 79 idosos atendidos pelo Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI) de Viçosa-MG, no período de novembro de 2012 à junho de 2013. As prevalências das doenças crônicas e dos comportamentos de risco foram estimados a partir dos dados dos prontuários utilizados nos atendimentos nutricionais, segundo o auto-relato dos pacientes. O estado nutricional foi avaliado segundo o índice de massa corporal (IMC) e classificado segundo a WHO (1998). As análises estatísticas foram realizadas no SPSS (versão 15.0). Resultados: Observou-se que 34,2% dos idosos apresentaram obesidade, 40,5% dislipidemias, 75,9% hipertensão e 12,7% diabetes. Dentre os comportamentos de risco para a saúde, verificou-se que 7,6% os idosos fumavam, 21,5% faziam uso de bebida alcoólica e 25,3% eram sedentários. Não foram observadas associações estatísticas entre fumo e obesidade (p=1,00), hipertensão (p=0,14), diabetes (p=0,52) e dislipidemias (p=0,26). Também não foram verificadas associações estatísticas entre o uso de bebidas alcoólicas com obesidade (p=0,77), hipertensão (p=0,33), diabetes (p=1,00) e dislipidemias (p=0,50). Resultados semelhantes foram observados para o sedentarismo, com exceção para o diabetes, cuja associação foi estatisticamente significativa (p = 0,01). Conclusões: Observou-se que, dentre as doenças crônicas, a hipertensão arterial foi a mais prevalente. Ressalta-se a importância da avaliação dos hábitos alimentares para melhor entender os fatores contribuintes para as doenças crônicas, uma vez que nesta população não foi encontrada associação entre as doenças crônicas e comportamentos de risco para a saúde, com exceção para o sedentarismo e diabetes. |