Outros membros |
Aline Lage Wendling, Carina Aparecida Pinto, Dayane de Castro Morais, Denise Aparecida da Silva, Gabriela Guilhermino de Lucca, Géssyca Corzino Medina, Ingrid Batista do Nascimento, Mariana Barbosa Filippo Soares |
Resumo |
Alimentação variada e nutricionalmente adequada, somada a atividade física é fundamental na adolescência, período vulnerável a erros alimentares, com possíveis consequências de baixo peso ou excesso de peso e doenças relacionadas à má alimentação. Este trabalho objetivou realizar ações de promoção à saúde e qualidade de vida de estudantes do 1º ano do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, conforme diagnóstico/triagem nutricional realizado em 2012. Os adolescentes responderam questionário semi-estruturado, disponibilizado no Google Docs, contendo informações de hábitos alimentares e prática de atividade física, seguido da avaliação do estado nutricional (peso, altura e perímetro da cintura), realização dos exames bioquímicos (hemograma, glicemia de jejum, colesterol total e frações), com consentimento assinado pelos responsáveis. Todos os avaliados (hábitos de vida: 137; antropometria: 125; exames bioquímicos: 76) receberam carta retorno com informação sobre estado nutricional e orientações para manutenção e/ou melhoria da saúde, conforme diagnóstico. Também havia na escola mural específico para o projeto de nutrição, intitulado NutCOLUNI, exposto no pátio, atualizado mensalmente e reproduzido no blog Nut Coluni para facilitar o acesso pelos alunos. Ao analisar os dados, verificou-se que 61% (n=83) relatou modificação no hábito alimentar depois que passou residir em Viçosa. Praticamente todos (97%, n=133) realizavam refeições fora de casa, e o local mais mencionado foi o Restaurante Universitário, da UFV (92%, n=126). Grupos de alimentos rejeitados foram hortaliças (68%), leguminosas (39%), frutas (33,3%) e carnes/ovos (19%). Em contrapartida, os alimentos mais consumidos na cantina do colégio foram: salgados assados (78%), refrigerantes (45%) e suco natural 31%. Ao classificar o estado nutricional, encontrou-se 90,4% (n=124) eutróficos, 8% (n=10) excesso de peso, 1,6% (n=2) baixo peso e 8,8% (n=11) apresentaram risco de doenças cardiovasculares, segundo a relação cintura estatura. Observou-se alteração bioquímica de: 65,7% (n=50) colesterol total; 36,8% (n=28) HDL; 32,9% (n=25) LDL; 2,6% (n=2) triglicerídeos e hemoglobina e nenhum para glicemia. A triagem de sinais e sintomas de transtornos alimentares foi positiva para 12,7% (n=17). Os adolescentes que apresentaram alterações do estado nutricional e bioquímicas foram encaminhados à Divisão de Saúde da UFV para acompanhamento médico e/ou nutricional. Esses resultados norteiam atividades de educação nutricional visando promover a saúde entre os estudantes, atividades essas que ocorrem no colégio desde a implantação do Projeto em 2001. A implementação dessas atividades com a população jovem é um avanço uma vez que trata-se de uma fase ideal para colocar em prática hábitos alimentares saudáveis. |