Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 944

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Getulio Fonseca Domingues
Orientador CARLOS ANTONIO ALVARES SOARES RIBEIRO
Outros membros Cleverson Alves de Lima, Sady Junior Martins da Costa de Menezes, Thamires Pacheco Silva, Vanessa Mendes Lana
Título Análise temporal do conflito de uso da terra e cobertura vegetal na sub-bacia hidrográfica da margem esquerda do Rio São Francisco, MG.
Resumo Na região do Alto São Francisco localizam-se, na sub-bacia hidrográfica da margem esquerda do Rio São Francisco, dois importantes parques para a conservação de biodiversidades do bioma Cerrado - o Parque Nacional da Serra da Canastra e o Parque Estadual de Campos Altos – ambos classificados como de Proteção Integral, em que é vedado o uso direto dos seus recursos naturais. Assim, as atividades antrópicas nestas Unidades de Conservação devem ser consideradas como conflitos de uso da terra e cobertura vegetal, semelhantemente ao observado para as APPs. O que se tem observado é a ocupação dessas APPs por atividades antrópicas, notadamente agropecuária e urbanização. As APPs estudadas foram delimitadas a partir de dados de topografia e hidrografia de cartas do IBGE, sendo consideradas as seguintes categorias de interesse: linhas de cumeada, topos de morro, áreas declivosas, entorno de nascentes, zonas ripárias e as áreas de sobreposição de categorias. Os mapas de uso da terra foram obtidos de estudos anteriores para a região do Alto São Francisco, nos períodos de 1995-1996 e no período de 2003-2005, acrescidos de dados obtidos a partir de imagens LANDSAT 5 (2010), reclassificados como: água, cobertura vegetal nativa e uso antrópico. As análises foram realizadas no software ArcGIS 10, adotando-se o sistema de projeção UTM, zona 23S e datum SIRGAS 2000. A análise temporal do conflito de uso da terra foi feita considerando-se as áreas de uso antrópico, quantificando as áreas de descumprimento da legislação florestal para as seis categorias citadas. Observou-se que no período entre 1995-1996, 5,67% (51.537ha) da sub-bacia estavam em conflito de uso da terra, destacando-se as áreas de entorno de nascentes com 2,33%; no período entre 2003 – 2005, o conflito aumentou para 24,24% da área (220.243ha). Individualmente, as áreas declivosas possuiam maior percentual de conflito (88,23%), mas analisando-se todas as categorias, as linhas de cumeada apresentaram-se ocupando 10,09% (91.545ha) de uso antrópico da área da sub-bacia. Em 2010, as linhas de cumeada ainda exibiam-se com maior percentual de conflito, representando 8,55% da área (77.569ha); o total de APPs em conflito foi de 192.607ha e, comparando-se com o período de 2003-2005, houve redução de 3,03%. Considerando a análise temporal do conflito no período de 1995 a 2010, o Parque Estadual de Campos Altos aumentou em cerca de 60% as áreas ocupadas por atividades antrópicas, ou seja, desde a sua criação houve uma perda continua de sua cobertura vegetal, reduzida hoje a 35,5% da desta UC. Como consequência, as áreas de conflito nas APPs também aumentaram. Ao longo dos últimos 14 anos, a vegetação nativa foi reduzida em consequência da expansão das atividades antrópicas, tanto internamente quanto no entorno dos parques. As categorias mais afetadas foram as linhas de cumeadas, entorno de nascentes e zonas ripárias. Explica-se isso devido à falta de grandes extensões de terra para uso antrópico.
Palavras-chave Uso da Terra, Geoprocessamento, Análise Temporal
Forma de apresentação..... Painel
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