Resumo |
O estudo teve como objetivo estabelecer protocolo de calogênese em explantes radiculares de Passiflora morifolia, utilizando reguladores de crescimento em diferentes concentrações, além de avaliar a presença de flavonoides nos calos obtidos, e qual o efeito da radiação ultravioleta na produção de compostos antioxidantes por este material vegetal. Sementes foram obtidas de plantas da espécie P. morifolia cultivadas em casa de vegetação, em seguida estas foram desinfestadas e inoculadas em meio de cultura composto por sais MS (Murashige & Skoog, 1962) meia força, complexo vitamínico B5 (Gamborget al., 1968), 1,5 % (p/v) de sacarose e 0,005% (p/v) de mio-inositol, onde germinaram e cresceram. Destas vitroplantas foram obtidos os explantes radiculares usados para a obtenção de calos. O melhor resultado de calejamento foi obtido nas placas com meio MS, nas mesmas condições anteriores, acrescidos 6,78 μM de 2,4-D. Os calos foram subcultivados em meio MS acrescido 2,4-D a 6,78 μM e cinetina a 2,32 μM, condição na qual tiveram maior ganho de massa em menor intervalo de tempo. Os calos obtidos foram repicados e inoculados em placas de Petri com meio MS, nas mesmas condições de subcultivo, e estas foram submetidas a tratamentos de 6, 12 e 24 horas sob luz ultravioleta. O controle do experimento foi feito com calos inoculados e mantidos sob as mesmas condições, porém sem a irradiadação com lâmpadas de luz UV-B. O material vegetal foi seco em estufa de circulação forçada, pulverizado em solução de álcool etílico (92,8% v/v) e homogeneizado em lavadora ultrassônica, tendo como resultado extratos dos materiais vegetais expostos à luz UV-B e dos materiais vegetais do grupo controle. A avaliação da presença de flavonoides nos extratos foi feita através de perfis cromatográficos em que utilizou-se o equipamento de CLAE, equipado com um detector UV-DAD. Nestes perfis não foram identificados picos com tempo de retenção e espectro de absorção no UV característico de flavonoides, indicando que não há grandes concentrações deste composto nos calos. Foi constatado também que nenhum dos extratos teve grande potencial redutor no teste DDPH, o que leva a entender que os calos radiculares não apresentam altas concentrações de compostos com atividade antioxidante. |