Resumo |
Atualmente, estudos vem sendo realizados visando o desenvolvimento de fornalhas que possibilitam o aumento no rendimento em carvão vegetal, melhoria de suas propriedades, além da eliminação quase total da emissão de gases nocivos. Estas são acopladas aos fornos de alvenaria, para a combustão dos gases poluentes gerados durante o processo de carbonização da madeira. A questão econômica deve ser considerada quando se deseja realizar o investimento em determinada tecnologia, devendo estabelecer qual opção disponível apresenta maior rentabilidade ao investidor. O objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade econômica da produção de carvão vegetal em dois sistemas produtivos: sistema fornos-fornalha, com oito fornos de superfície acoplados a uma fornalha para queima de gases e, sistema “rabo-quente”, com dez fornos sem sistema de queima de gases. Para realização da análise econômica, definiu-se uma produção mensal média igual a 131 metros cúbicos de carvão (mdc), correspondendo a 1.571 mdc por ano, com um horizonte de planejamento de doze anos, propondo dois cenários. No primeiro cenário, após a colheita da madeira, realizou-se o plantio de uma nova floresta, permanecendo o custo da madeira constante em todo o horizonte de planejamento; no segundo cenário, após a colheita, considerou-se a condução da brotação, reduzindo os custos na segunda rotação e consequentemente os custos de produção da madeira. A análise econômica foi realizada através da determinação dos seguintes indicadores: Valor Presente Líquido (VPL), Valor Anual Equivalente (VAE), Razão Benefício – Custo (B/C) e Lucratividade. Os indicadores calculados demonstraram a viabilidade da produção de carvão vegetal nos dois sistemas avaliados e em ambos os cenários propostos. Entretanto, o sistema fornos-fornalha apresentou melhores valores para os indicadores econômicos e, dentre os cenários, aquele onde houve a condução da brotação, reduziu o custo da madeira, elevando a viabilidade econômica dos projetos avaliados. Com isso pôde-se concluir que a produção de carvão vegetal no sistema fornos-fornalha e em fornos “rabo-quente” foi viável economicamente, sendo o sistema fornos-fornalha capaz de gerar lucros mais expressivos ao produtor de carvão vegetal, além de apresentar a vantagem ambiental da baixa emissão de gases poluentes. |