Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 855

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fontes e produção de energia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Vinícius Lima Teixeira
Orientador ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO
Outros membros Aylson Costa Oliveira, Danilo Barros Donato, Leonardo Antunes Salgado Santos, Márcia Aparecida Pinheiro
Título Influência do diâmetro da madeira na friabilidade do carvão vegetal
Resumo A carbonização da madeira é um processo de decomposição térmica, que ocorre na presença controlada de oxigênio, deixando como produto sólido o carvão vegetal. Para fins energéticos o carvão vegetal deve apresentar determinadas características, entre elas, destaca-se a baixa friabilidade, que está relacionada com a susceptibilidade em formar finos quando submetido à abrasão e choques mecânicos. A friabilidade é influenciada pelo diâmetro da madeira, pois árvores com diâmetro maior tendem a ter maior área de cerne e durante a carbonização ocorre a liberação de gases no sentido cerne-alburno, rompendo células parenquimáticas principalmente na região do cerne, causando maior formação de finos proporcionalmente a área de cerne presente. Tendo em vista a importância deste insumo para o abastecimento energético das indústrias brasileiras, principalmente, as siderúrgicas, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do diâmetro da madeira na friabilidade do carvão vegetal. As carbonizações foram conduzidas em forno tipo container metálico, com volume de 0,346m³, composto por: poço isolante, sistema de movimentação e descarga, sistema de condensação de gases e câmara de combustão. Foram utilizados toretes da madeira de Eucalyptus urophylla, com idade de 5 anos. A madeira apresentava-se sem casca e distribuída em 3 classes de diâmetro: Classe 1 ( < 10 cm), Classe 2 (10 - 13 cm) e Classe 3 (> 13 cm). Foram realizadas duas carbonizações por classe de diâmetro, totalizando seis carbonizações. Após as carbonizações determinou-se a friabilidade do carvão vegetal proveniente da madeira de cada classe de diâmetro. As amostras de carvão, anteriormente ao teste, foram classificadas na peneira de 60 mm e retidos na de 20 mm. Cerca de 500 g de cada amostra foram levadas a um tambor rotatório a 30 rpm, por 16 minutos. Após este período, o carvão foi novamente peneirado, medindo-se a massa (finos) que ficou retida na peneira de 20 mm, e relacionando-a com a massa inicial de carvão. De acordo com a classificação de friabilidade para carvão vegetal do Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), o carvão proveniente da madeira de Classe de diâmetro 3 apresentou uma friabilidade média de 25,83% sendo classificado como bastante friável, enquanto os provenientes das madeiras de Classe de diâmetro 1 e 2 apresentaram friabilidade média de 16,62% e 18,17% respectivamente, sendo classificados como medianamente friáveis. Constatou-se então que houve um aumento da friabilidade com o aumento do diâmetro da madeira, desta forma pode-se concluir que madeiras com maior diâmetro necessitam de uma carbonização mais lenta, pois a velocidade de saída dos gases que geram pressão interna na madeira produz um carvão com maior friabilidade, já em madeiras com menores diâmetros é necessário um maior controle da carbonização.
Palavras-chave carvão vegetal, qualidade, eucalipto
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,61 segundos.