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21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 822

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Emiliane Fernanda Silva Freitas
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Juliana Aparecida Silva, Melissa Faust Bocayuva Cunha, Tomás Gomes Reis Veloso
Título Germinação simbiótica de Hadrolaelia jongheana (Rchb. f.) Chiron (ORCHIDACEAE)
Resumo Orchidaceae é a mais diversa entre todas as famílias de angiospermas, com cerca de 35.000 espécies, das quais a maioria se encontra em regiões tropicais. As orquídeas apresentam uma grande quantidade de sementes minúsculas, deficientes de reservas nutricionais ficando dependente da simbiose com fungos para germinarem e se estabelecerem no ambiente. Os fungos simbiontes permanecem nas raízes das plantas adultas, formando pelotons nas células corticais e, desta formam, suprem as plantas com N e P em troca de carbono. Hadrolaelia jongheana é uma espécie epífita e se encontra em risco de extinção. O objetivo deste trabalho foi analisar a eficiência de diferentes isolados fúngicos na germinação de H. jongheana. Oito miligramas de sementes foram desinfestadas superficialmente com hipoclorito de sódio comercial (2% de cloro ativo) durante 10 min. Com auxílio de uma peneira de 64 mesh, foram feitas 5 lavagens consecutivas com água destilada autoclavada. Em seguida, as sementes foram transferidas para um béquer e submetidas à agitação constante. Quatro fungos, isolados de diferentes espécies de orquídeas, foram testados neste trabalho. Discos de 1 mm de diâmetro, contendo micélio fúngico, foram transferidos de culturas puras e inoculados em placas de Petri contendo meio OMA, após a inoculação foram distribuído nas placas 1000 μL da suspensão de sementes, contendo aproximadamente 100 sementes. Foram estabelecidos também três tratamentos controle, sem isolado fúngico, em meios OMA, B&G e KNUDSON. As placas foram mantidas em câmara de crescimento à temperatura de 26 ± 2 ºC e fotoperíodo regulado à 16h luz / 8h escuro. As avaliações do desenvolvimento dos protocormos foram feitas aos 30, 50 e 80 d, com auxílio de lupa. Aos 30 d todos os tratamentos simbióticos já haviam alcançado o estágio 2 de germinação (rompimento da testa), sendo que quando inoculadas com o isolado M65 as sementes alcançaram o estágio 3 (formação do pró-meristema). Nos tratamentos assimbióticos observou-se sementes no estágio 4 para Knudson e estágio 3 para B&G. Aos 50 d os isolados HC3E, HJ21B e M65 destacaram-se por alcançarem maior percentual de protocormos no estágio 4 (formação da primeira folha) e já apresentarem plântulas no estágio 5 (formação da segunda folha). Aos 80 d cerca de 25% das sementes inoculadas com o isolado M65 estavam no estágio 5. Os tratamentos assimbióticos não passaram do estágio 4. Dessa forma, conclui-se que H. jongheana é uma espécie generalista, uma vez que tem bom desenvolvimento com isolados micorrízicos de outras espécies de orquídeas. A eficácia do isolado de Tulasnella M65 proporcionou a produção de mudas micorrizadas com êxito, o que indica que este isolado apresenta grande potencial para ser utilizado na produção comercial de mudas.
Palavras-chave espécies em extinção, micorriza, pélotons
Forma de apresentação..... Oral
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