Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 788

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Metodologias de ensino e práticas educativas
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC Ensino Médio
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor LUCAS LIMA NEGRÃO
Orientador GERALDO ADRIANO EMERY PEREIRA
Outros membros TACIANA DE SOUZA BAYÃO
Título A relação entre o estudante e o texto filosófico: as possibilidades e limites do filosofar através dos textos.
Resumo Segundo Kant, “Não se ensina Filosofia, mas a filosofar”. Tal fato parece consolidado na comunidade filosófica, entretanto não há um consenso em o que caracteriza tal “filosofar”. A partir de tal pensamento podemos inferir que se ensina a filosofar, filosofando e esse é o primeiro problema que nos deparamos. Várias pessoas argumentam que a inclusão do ensino de filosofia no ensino médio tende a preparar os jovens para um pensamento crítico e formá-los para a cidadania, contudo, filosofia é como a arte de tocar flauta, não possui causa nem objetivo e, devido a sua inserção nas escolas em forma de disciplina obrigatória trouxe um dilema existencial aos professores: O que tratar numa aula de filosofia? Como exercer a atividade de filosofar na sala de aula mantendo viva a experiência de pensamento? Nossa pesquisa procura solucionar tal questão através da busca por uma delimitação mais efetiva no conceito de “filosofar” para transpô-lo à realidade da sala de aula de forma a auxiliar na reafirmação da arte da filosofia sem banalizá-la. Até a presente data, houve uma preparação dos bolsistas, que trabalham em paralelo, organizando debates e discussões acerca da situação atual da disciplina em questão utilizando a autora Hannah Arendt que, apesar de ser uma pensadora da política, possui nos primeiros capítulos de seu livro “A Vida do Espírito (1971-78)” provocações interessantes para nosso objetivo. A perplexidade ao presenciar o julgamento do Eichmann,em Jerusalém , demonstrada em seu prefácio leva Arendt a pensar acerca da banalidade do mal, o qual esta estritamente ligado ao que ela chama de “vazio de pensamento” , um novo conceito muito interessante ao se pensar no papel da filosofia nas escolas, que não é uma condição necessária, mas nos auxilia contra essa passividade da vida tomada por clichês. Um dos pontos interessantes na escolha da autora é que ao se voltar para a política encontramos o fio rompido da tradição, que não significa ignorá-la, mas simplesmente recuperar a autenticidade obscurecida pelo seu rigor. Aristóteles disse “Todos os homens, por natureza, tendem ao saber”, entretanto saber é diferente de ser e ser é diferente de pensar. É fato que a Lei 11.684/08 que inseriu a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias nas três séries do ensino médio marca uma conquista pioneira para o ensino de filosofia no Brasil, contudo nosso objetivo é evitar que essa institucionalização acabe por prejudicar ou descaracterizar algo que é inerente e indispensável a quem pensa.
Palavras-chave Filosofia, Ensino, Filosofar
Forma de apresentação..... Painel
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