Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 784

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Daiene Silva da Costa
Orientador NELIO JOSE DE ANDRADE
Outros membros ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES, João Paulo Natalino de Sá, Patrícia Campos Bernardes , Patricia Erica Fernandes
Título Adesão de genótipos de Bacillus cereus nas formas vegetativa e esporulada ao aço inoxidável a diferentes temperaturas de armazenamento
Resumo Dentre os diversos micro-organismos de preocupação na indústria de alimentos, encontra-se Bacillus cereus, um patógeno alimentar que tem adquirido importância crescente em relação à saúde pública. Os esporos produzidos por este micro-organismo são resistentes a diferentes condições adversas, como altas temperaturas, radiações, entre outras, permanecendo viáveis após a cocção dos alimentos. A maioria das estirpes de B. cereus é capaz de produzir uma grande variedade de metabólitos extracelulares, os quais são consideradas fatores de virulência, envolvendo surtos de doenças associadas com alimentos. A presença deste micro-organismo nas superfícies de equipamentos na indústria de alimentos é muito comum. Essa bactéria possui grande capacidade de aderir a superfícies de aço inoxidável em usinas de leite, sendo um obstáculo à conservação do leite pasteurizado e derivados. Nesta pesquisa, avaliou-se a adesão dos genótipos enterotoxigênicos de B. cereus nas formas vegetativa e esporulada à superfície de aço inoxidável 304 # 4, a 10 ° e 32 °C. Entre os genótipos, a uma mesma temperatura, a adesão não apresentou diferença significativa (p>0,05), pelo teste de F. Porém, houve efeito significativo (p < 0,05) em relação à temperatura (10 °C e 32 °C) para as estruturas fisiológicas no processo de adesão ao aço inoxidável entre os genótipos à mesma temperatura (10 °C e 32 °C). Observou-se que a 32 °C, a forma vegetativa aderiu em maior quantidade. Isso pode ter ocorrido, pelo fato de a 10 °C, a bactéria não produzir apêndices celulares que contribuem para maior adesão, predominando os fatores físico-químicos, como a hidrofobicidade superficial, que é maior para os esporos. Porém, a 32 °C, apêndices celulares podem ser produzidos por células vegetativas, e os fatores microbiológicos sobrepõem aos físicos-químicos, resultando em maior adesão das células. A variação de 22 °C na temperatura foi suficiente para que a adesão das células vegetativas de todos os genótipos fosse quase dois ciclos logarítmicos maior em comparação a 10 °C, confirmando a importância e a influência da temperatura no processo de adesão. O efeito da temperatura sobre a adesão de células vegetativas e esporos de B. cereus, também pode ser explicado, entre outros fatores, pelas interações hidrofóbicas. Estas interações são regidas pela entropia do sistema, portanto o aumento da temperatura favorece a componente entrópica. Desta forma, à medida que a temperatura aumenta, as interações hidrofóbicas se tornam mais fortes, favorecendo a adesão. Embora não tenham sido reportados na literatura trabalhos específicos, que quantifiquem a adesão de genótipos enterotoxigênicos de B. cereus em superfície de aço inoxidável, estes parecem não influenciar o processo de adesão, visto que o genótipo que não possui gene para codificação de enterotoxina, aderiu da mesma forma (p > 0,05) ao aço inoxidável comparado aos demais genótipos enterotoxigênicos.
Palavras-chave Bacillus cereus, Genótipos enterotoxigênicos, Patógeno alimentar
Forma de apresentação..... Painel
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