Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 782

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, política e movimentos sociais
Setor Departamento de Letras
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Maria do Carmo Faustino da Silva
Orientador EDGAR PEREIRA COELHO
Outros membros CEZAR LUIZ DE MARI
Título Estudos comparados entre Gramsci e Freire
Resumo A temática discutida nesse projeto, intitulada Estudos comparados entre Gramsci e Freire, buscou analisar questões de educação recorrentes em Antonio Gramsci e Paulo Freire. O projeto em tela foi aprovado em 2011 para bolsa PROBIC-FAPEMG. Nos dois anos que se seguiram avançamos nesses estudos com objetivo de compreender as aproximações teórico-práticas dos autores referidos, bem como interpretar o momento educacional brasileiro inspirados em suas ideias. A sociedade está em constante transformação mantendo antigos problemas e colocando questões novas para a formação escolar e não escolar. Imersos em países que possuíam tradição de políticas educacionais recentes, e que perpetuavam problemas históricos de exclusão das classes populares da escola e do acesso a cultura socialmente produzida, entendemos que Gramsci e Freire são referências obrigatórias para as análises das políticas educacionais modernas. Este trabalho concentrou-se na análise da educação como eixo articulador entre formação humanística e formação técnica. Abordamos a concepção de escola e pudemos depreender que a mesma expressa na sua forma de ser e de organizar o momento histórico e social, refletindo os interesses dos grupos dominantes. O caminho percorrido na realização do projeto centrou estudos nas Cartas do Cárcere em Gramsci, que, a partir da realidade italiana observa as transformações escolares como resultado das transformações históricas e sociais, sobretudo aqueles derivadas do americanismo e fordismo. E, a partir do Brasil, estudamos Freire por meio das Cartas a Cristina, Cartas a Guiné-Bissau, Professora sim tia não e pedagogia da indignação. No conjunto da pesquisa chegamos às seguintes conclusões: tanto para Gramsci quanto para Freire, o estado se utiliza da educação para mediar interesses sociais e econômicos matizados nos campos teórico e prático, ou seja, o estado moderno mobiliza o processo formativo em decorrência das necessidades postas pelas classes dominantes. Os autores apontam alguns caminhos para a elaboração de campos formativos institucionais e extra-institucionais que contemplem a formação intelectual e prática, das classes subalternas: escola unitária e processos educativos a partir da realidade social e histórica dos educandos. No Brasil temos um conjunto de experiências que encerram certa semelhança com essas perspectivas, em termos de escola, a chamada escola integral. Espaço ideal para a concretização dos ideais de ambos os autores, desde que a ampliação da jornada escolar seja direcionada para uma formação integral e não apenas para o tempo integral. Outro ponto importante é a prática pedagógica do educador, na qual é necessária a atuação a partir das contradições sociais e para a superação das injustiças sociais. E por último, pudemos perceber a centralidade da temática educacional e escolar, pois a produção cultural de um tempo precisa ser democratizada chegando às classes populares de forma mais avançado do que o senso comum dominante.
Palavras-chave Libertação, senso comum, sociedade.
Forma de apresentação..... Painel
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