Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 775

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Rafael de Almeida Barros
Orientador MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA
Outros membros JOEL ANTONIO DE OLIVEIRA, Laura Gonçalves Costa Martins, Thainara Aparecida Mendes, Verônica Aparecida Faustino
Título Caracterização enzimática de cisteíno-proteases parcialmente purificadas do intestino médio de Anticarsia gemmatalis
Resumo A cultura da soja está sujeita ao ataque de diferentes espécies de insetos. O uso de bioinseticidas afeta o desenvolvimento de insetos, controlando seu número na lavoura sem afetar o meio ambiente e o homem. Os inibidores de proteases destacam-se como uma ferramenta para minimizar o ataque de pragas à cultura. O objetivo deste trabalho foi purificar e caracterizar bioquímico e cineticamente cisteíno-proteases produzidas no trato intestinal da lagarta Anticarsia gemmatalis. O extrato enzimático foi obtido por rompimento celular de cinco intestinos de A. gemmatalis no 5º instar. Cisteíno-proteases do intestino médio de Anticarsia gemmatalis foram parcialmente purificadas utilizando-se precipitação diferencial com 30 – 60% de (NH4)2SO4 e cromatografia de afinidade com coluna de aprotinina-agarose. As proteínas não ligadas à coluna, ou seja, todas as proteínas presentes no extrato bruto com exceção das serino-proteases ligadas à aprotinina-agarose, que apresentaram atividade proteolítica, foram reunidas num pool enzimático e caracterizadas utilizando o substrato sintético L-BApNA na presença do inibidor de serino-proteases benzamidina. Uma nova etapa de purificação foi testada utilizando-se uma coluna de thiol-sepharose, específica para cisteíno-proteases. Porém após essa etapa as frações proteicas obtidas não apresentavam atividade enzimática. Seguiu-se com a caracterização utilizando-se o pool enzimático obtido da aprotinina-agarose. Observaram-se picos de atividade nos valores de pH 4,0, 5,5 e 8,0, sendo o pH 8,0 o de melhor atividade. Com relação à influência da temperatura, observaram-se dois picos mais discretos de atividade a 20ºC e entre 35 – 45ºC, e um pico de atividade pronunciada na faixa entre 55 – 60ºC. O KM app obtido foi de 0,74 mM e a Vmaxapp foi 0,8 µM.min-1. A análise do efeito de íons cálcio mostrou que as cisteíno-proteases parcialmente purificadas são cálcio-dependentes e apresentaram melhor atividade em 30 mM de CaCl2. Nos ensaios de inibição foram testados EDTA (inibidor de metalo-proteases), Pepstatina A (inibidor de aspartil-proteases), Aprotinina e TLCK (ambos inibidores de serino-proteases). O único resultado significativo observado foi para a concentração de EDTA. Houve diminuição de atividade frente ao aumento da concentração de EDTA, comprovando a dependência de íons Ca2+ por essas proteases. Pepstatina A, Aprotinina e TLCK não apresentaram efeito significativo sobre a atividade de cisteíno-proteases parcialmente purificadas de A. gemmatalis. A presença do inibidor de serino-proteases benzamidina e do agente redutor DTT no meio reacional, juntamente com o teste de dois inibidores de serino-proteases aprotinina e TLCK comprovam a atividade de cisteíno-proteases testadas no presente trabalho.
Palavras-chave cisteíno-protease, Anticarsia gemmatalis, interação planta-inseto
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,60 segundos.