Resumo |
O processo de sorção comanda a disponibilidade do herbicida na solução do solo. Esta condição é essencial para que o herbicida seja absolvido pelas plantas, micro-organismos e, ou, lixiviado no perfil do solo. Portanto, conhecer o coeficiente de sorção de um herbicida no solo é de grande importância para que se façam recomendações técnicas seguras do ponto de vista técnico e ambiental. Estudos de sorção de herbicidas em solos podem ser realizados por métodos químicos e também biológicos. Neste trabalho utilizando ensaios biológicos foram identificados os fatores (atributos do solo) que afetam a sorção da mistura formulada(imazethapyr + imazapic) em três solos com diferentes características químicas e físicas do estado de Tocantins. Amostras dos solos avaliados foram coletadas em Gurupi (Solo Argilo arenoso), Formoso do Araguaia (Solo Franco argilo arenoso) e Lagoa da Confusão (Solo Franco), além de um substrato inerte (areia lavada), utilizando o sorgo (Sorghum bicolor) como planta bioindicadora. Foram determinados: o valor de D50 (dose que inibiu 50% no acúmulo de matéria seca da planta-teste) utilizando o modelo log-logístico não-linear Y = C + (D-C)/(1 + (X)b/C50) e a relação de sorção [RS = (C50 solo - C50 areia)/ C50 areia]. Os valores de C50 observados foram: 26,49; 10,90 e 7,07 g ha-1, e a relação de sorção (RS): 9,77; 2,73 e 1,68, respectivamente para os solos Franco, Franco argilo arenoso e Argilo arenoso. A mistura formulada apresentou a seguinte ordem de sorção nos substratos: franco > franco argilo arenoso > argilo arenoso > areia lavada. A mistura formulada de imazethapyr + imazapic apresentou baixa sorção nos solos avaliados, sendo muito influenciada pelo pH e teor de matéria orgânica do solo. Solos arenosos, com baixo teor de matéria orgânica e pH elevado, possuem baixa capacidade de sorção da mistura (imazethapyr + imazapic), isso predispõe o produto à lixiviação no perfil do solo, podendo contaminar lençóis freáticos subterrâneos; não sendo recomendado o produto nessas condições. |