Resumo |
Nos últimos anos, as pesquisas vêm avaliando diversos alimentos, visando à exploração do grande potencial de aproveitamento desses pelos bovinos. Sabendo que o fornecimento de proteína degradada no rúmen depende do conhecimento da degradação ruminal dos alimentos, torna-se fundamental a obtenção desses valores usando a técnica in situ. Essa pesquisa foi conduzida para avaliar a degradabilidade ruminal da matéria seca (MS) e da matéria orgânica (MO) de 12 alimentos por meio da técnica in situ. Os volumosos avaliados foram: Panicum maximum cv. mombaça (M), Panicum maximum cv. tanzânia (T), Brachiaria decumbens (D), Brachiaria humidicola (H), Brachiaria brizantha cv. marandu (MAR), Brachiaria brizantha cv. MG-4 (MG-4), híbrido Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha cv. marandu (MUL) e Brachiaria brizantha cv. xaraés (X), silagem de milho (Zea mays L.) (SM), Pennisetum purpureum Schum (CE), feno de Cynodon spp. (F) e Arachis pintoi (AF). Após a coleta, as amostras foram pré- secas à 55ºC por 72 horas, e em seguida moídas a 2,0 mm. Foram utilizados três bovinos mestiços, castrados, fistulados no rúmen, alimentados com CE e suplemento mineral ad libitum, nos quais foram incubados sacos de náilon com poros de 50 micras (μm), medindo 7 x 14cm. Em cada animal, para cada período experimental de 5 dias, foram incubados 4 alimentos nos tempos de 0, 3, 6, 12, 24, 48, 72, 96, 120 horas, na quantidade de 4 g por alimento/tempo, utilizando-se delineamento em quadrado latino 3 x 3. Imediatamente depois de retirados do rúmen, os sacos foram lavados em água corrente até que a mesma ficasse límpida. Nos resíduos da incubação foram analisados os teores de MS e de cinzas. Os parâmetros de degradação ruminal foram estimados pelo processo iterativo do algoritmo Marquardt, utilizando o modelo Y= a + b(1-e-kdt), por meio do software PROC NLIN – SAS, considerando a taxa de passagem de 5%.h-1. Com relação a MO, para a fração solúvel em água (a) os maiores e menores valores numéricos encontrados foram para a SM e F, respectivamente (39,61 e 9,91%), para os demais foi observada média de 17,35%. Os valores obtidos para a fração potencialmente degradável no rúmen (b) variaram entre 49,32 a 81,32% (SM e CE), sendo que os valores intermediários mostraram-se muito semelhantes, com valores próximos a 70%, exceto o F (57,47%). A maior taxa de degradação da fração b (kd) foi observada para o AF (6,69%), enquanto os demais alimentos apresentaram valores entre 3 e 4%. A maior e menor DE (63,14 e 34,08%) foram observadas para o AF e F, respectivamente, com média de 50,57%. Conclui-se que a silagem de milho apresenta elevada fração a, o feno de Cynodon spp. a menor fração a, o Pennisetum purpureum apresenta maior fração b e, no que diz respeito a DE, o Arachis pintoi e o feno de Cynodon spp. apresentam, respectivamente, maior e menor valor. |