Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 737

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Jaqueline de Paula Rezende
Orientador ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES
Outros membros Gabriel Max Dias Ferreira, Guilherme Max Dias Ferreira, LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA, MARIA DO CARMO HESPANHOL DA SILVA
Título Biossensores nanoestruturados de polidiacetileno: aplicação e termodinâmica de interação intermolecular
Resumo Os polidiacetilenos exibem uma notável transição colorimétrica de azul para vermelho devido a vários fatores externos e podem se organizar sob a forma de vesículas. Assim, apresentam potencial de aplicação como sensores para alimentos, já que não apresentam toxidade e em virtude da rapidez e facilidade de interpretação dos resultados. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a interação entre citrato de sódio (CS) e vesículas de ácido 10,12-pentacosadienóico (PCDA) e PCDA/esfingomielina (ES)/colesterol (CO), em diferentes condições de pH e força iônica, por meio da resposta colorimétrica (RC), medida de tamanho, diálise de equilíbrio e microcalorimetria de titulação isotérmica. As vesículas de ácido PCDA e PCDA/ES/CO foram preparadas de acordo com metodologias descritas na literatura. A solução de CS 10% (m/m) foi preparada em água deionizada. O CS interagiu com as vesículas de PCDA e PCDA/ES/CO no pH de síntese (X,X e X,X, respectivamente), induzindo alteração colorimétrica. Para as vesículas de PCDA, a RC foi de 60% em concentrações iguais ou superiores a 45 mmol/L do sal, o que indica uma saturação dos sítios de ligação entre CS e PCDA. A RC máxima das vesículas de PCDA/ES/CO foi de 25% na concentração de sal de 60 mmol/L. Estes resultados evidenciam a interação específica do CS com o PCDA e não com os cossolutos. A entalpia aparente de interação (∆ap-intH) entre CS e a vesícula de PCDA foi menos endotérmica do que com a de PCDA/ES/CO, indicando que a barreira potencial para a interação do citrato com a vesícula é menor no PCDA. Isto explica a maior RC no PCDA. A RC das vesículas de PCDA no pH 5,0 foi semelhante à das vesículas no pH de síntese. Para as vesículas de PCDA/ES/CO o aumento do pH para 5,0 provocou um aumento de aproximadamente 10% na RC. Os valores de ∆ap-intH foram similares aos obtidos no pH de síntese, o que evidencia que as forças eletrostáticas não contribuíram para a interação entre as duas espécies químicas e consequente transição colorimétrica. A RC na presença de 50 mmol/L de NaCl foi menor em ambas as vesículas, quando comparada com as vesículas sem o eletrólito. Observou-se que a ∆intH ficou mais exotérmica, para ambas as vesículas. Isto ocorreu porque o gasto energético para dessolvatar a vesícula ficou menor em função da liberação das moléculas de água, uma vez que os íons Na+ e Cl- competem com as vesículas por sítios de ligação com as moléculas de água. Entretanto, esta redução de energia não foi suficiente para aumentar a interação entre vesículas e citrato. A variação da energia livre de Gibbs (ΔintG), obtida pelos experimentos de diálise, foi negativa, mostrando que a interação entre CS e vesículas de PCDA e PCDA/ES/CO ocorre de maneira espontânea. A variação de tamanho das vesículas parece não estar relacionada com a transição colorimétrica das mesmas. Conclui-se que as vesículas polidiacetilênicas interagem com o CS e, portanto, apresentam potencial como sensor para este sal na indústria de alimentos.
Palavras-chave Microcalorimetria, vesículas, citrato de sódio
Forma de apresentação..... Oral
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