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21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 709

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Tecnologia da madeira, celulose e papel
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Carlos Miguel Simões da Silva
Orientador BENEDITO ROCHA VITAL
Outros membros Breno Linhares Cunha, Emylle Veloso Santos Costa, Juliana Marangon Jardim, Mateus Alves de Magalhães
Título Efeito da temperatura de torrefação nas propriedades energéticas da madeira de Eucalyptus sp.
Resumo A maioria dos países ainda é muito dependente dos combustíveis de origem fóssil para atender as suas respectivas demandas por energia. Por se tratar de fontes não renováveis e por serem ambientalmente contestados, torna-se necessário desenvolver alternativas energéticas viáveis para competir com os combustíveis fósseis na matriz mundial. Uma dessas alternativas é o uso da biomassa, especialmente da madeira. Entretanto, apesar das vantagens econômicas e ambientais, a madeira e as outras biomassas apresentam algumas características negativas quando comparadas com as fontes fósseis, tais como o baixo poder calorífico, a alta umidade e a heterogeneidade física e química, que dificultam o seu uso direto na produção de energia. Uma técnica desenvolvida para contornar essa situação é o uso da torrefação, um tratamento térmico realizado entre as temperaturas de 200 e 300° C em ambiente com concentrações reduzidas de oxigênio. Essa técnica degrada os constituintes menos energéticos do material, concentrando um produto final com densidade energética elevada e com maior homogeneidade. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da temperatura de torrefação nas propriedades da madeira de Eucalytus sp. No procedimento experimental utilizou um torrefador rotatório com aquecimento a gás GLP e foram avaliados quatro tratamentos com três repetições cada, sendo eles constituídos por: partículas de madeira não torrificada e partículas torrificas até temperaturas de 170, 220 e 260° C. Posteriormente, procedeu com as análises química, física, térmica, além dos rendimentos em massa e energia das amostras submetidas a cada um dos quatro tratamentos. Depois de verificadas a normalidade e a homogeneidade dos dados, os resultados foram então comparados no software statistica através da ANOVA e do teste Tukey a 5%. Verificou-se uma tendência de variação das propriedades em função do aumento de temperatura. Comparando os extremos, madeira in natura (não torrificada) e madeira torrificada a 260° C, pode-se verificar um aumento das características positivas e uma redução das negativas. Por exemplo, houve variações no teor de carbono fixo (de 13,0 para 24,8%), do teor de lignina (de 32,7 para 52,2%), do poder calorífico superior (de 4465 para 4945 kcal/kg), da densidade a granel (de 239,1 para 396,0 kg/m³) e na umidade de equilíbrio higroscópico (de 12,27 para 5,69%). O rendimento em energia foi maior que o rendimento em massa no balanço final, com valores, por exemplo, de 83,9 % contra 75,7% para o tratamento de 260° C. Submetida a essa temperatura, a densidade energética da madeira passou de 882 para 1727 kcal/m³. A torrefação apresentou um efeito positivo nas propriedades energéticas da madeira, concluindo ser um tratamento tecnicamente viável e com potencial de exploração. Ressalta o uso do material torrificado para produção de pellets, gaseificação e co-geração de energia.
Palavras-chave tratamento térmico, biomassa, densidade energética
Forma de apresentação..... Oral
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