Resumo |
O crescimento econômico é indispensável para a evolução dos padrões de vida em todos os países. Dentre os fatores responsáveis por tal fenômeno destaca-se o progresso tecnológico, que é fundamental para a elevação do nível de produtividade dos trabalhadores, variável essa extremamente relevante no processo de crescimento econômico. A Coreia do Sul foi escolhida devido ao seu rápido crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no período 1980-2010, auxiliado pela busca em aumentar o padrão tecnológico; inicialmente por imitação, posteriormente reprodução e, por fim, inovação. O avanço foi gradualmente realizado, sendo elaborado por políticas de longo prazo com objetivo de garantir o crescimento econômico sustentado. Aliado a isso, o país realizou investimentos em capital humano e capital físico para sustentar as elevadas taxas do produto. O Brasil, por sua vez, apresentou desaceleração em termos de crescimento econômico em meio a uma conjuntura internacional adversa. Ademais, o país apresentou inexpressivo progresso tecnológico no período em análise, tampouco perseguiu metas para melhorar o nível de investimento da economia, consubstanciando a estagflação, que ocorreu durante as décadas de 1980 e 1990. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é demonstrar como o progresso tecnológico impactou sobre o crescimento econômico do Brasil e da Coreia do Sul no período entre 1980 e 2010, com base no modelo de crescimento de Solow, porém, expandido com o capital humano, de acordo com trabalho de Mankiw, Romer e Weil (1992). Foi utilizado o modelo Vetorial de Correção dos Erros (VEC), com apresentação dos resultados com base na função impulso resposta, na decomposição da variância dos erros e na causalidade de Granger. Demonstrou-se que a tecnologia impacta positivamente sobre o crescimento econômico coreano, assim como ocorre com o investimento bruto e o capital humano. Para o Brasil, tais variáveis não foram significativas, algo esperado de acordo com trabalhos já realizados sobre o país nesse período, denotando a década de 1980 como a ‘década perdida’, por apresentar baixos níveis de acumulação de capital físico, tecnológico e educacional – o que veio a comprometer o crescimento brasileiro. |