Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 657

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Franciele Macedo da Cruz
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Gleidson de Araújo Félix, Hudson Vaner Ventura Tomé, Wagner Faria Barbosa
Título Distúrbios de desenvolvimento e comportamentais da abelha sem-ferrão, Melipona quadrifasciata anthidioides, causados por exposição larval ao inseticida nim
Resumo Polinizadores, tais como os meliponíneos, são importantes para manutenção e funcionamento de diversos ecossistemas terrestres, incluindo os agrícolas. Estudos toxicológicos com inseticidas sintéticos (neonicotinóides) têm demonstrado que abelhas nativas e sem ferrão, Melipona quadrifasciata anthidioides (Apidae: Meliponinae), também sofrem efeitos colaterais (principalmente no forrageamento) decorrentes da exposição a estes compostos. Desta forma, este estudo foi realizado com o objetivo de averiguar se a ingestão (durante a fase larval) de alimento contaminado com inseticida botânico à base de nim gera efeitos letais e sub-letais sobre M. quadrifasciata anthidioides. Para isto, curvas de sobrevivência foram realizadas para grupos de abelhas que tiveram suas fases larvais saudáveis e grupos de abelhas com exposição larval a diferentes concentrações de nim (em ng de azadiractina/abelha: 840; 420; 210; 42, que correspondem respectivamente às diluições de 1/5, 1/10, 1/20 e 1/100 vezes em relação à dose de campo). Adicionalmente, potenciais diferenças no comportamento de caminhamento (importante para o forrageamento) ocasionadas por exposição larval ao nim foram averiguadas (mediante a utilização de um sistema de rastreamento de imagens) em grupos de adultos com 1, 4, 8 e 12 dias de idade. Em ambas as experimentações, os resultados foram submetidos a uma análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tuckey a 5% de probabilidade, quando existiram diferenças significativas entres os tratamentos. A probabilidade de sobrevivência de M. quadrifasciata anthidioides exposta a maior concentração de nim (840 ng./abelha) foi significativamente inferior do que as apresentadas nos demais tratamentos. Porém, a ingestão da menor concentração de azadiractina (42 ng/abelha) acelerou o desenvolvimento larval-adulto, enquanto que nas demais concentrações do produto (210; 420 e 840 ng/abelha) não existiu qualquer efeito significativo. Os parâmetros comportamentais distância percorrida, velocidade média de caminhamento, tempo parado e número de paradas só foram significativamente afetados pelo aumento da idade, mas não pelo aumento da concentração do inseticida. Portanto, é provável que larvas de colônias cujas operárias coletem recursos em flores pulverizadas com nim sejam afetadas, prejudicando a manutenção das colônias na natureza, o que implica em potenciais problemas de polinização de plantas nativas ou mesmo sistemas agrícolas.
Palavras-chave ecotoxicologia, efeitos subletais, azadiractina
Forma de apresentação..... Painel
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