Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 644

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Farmacologia e bioquímica
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Débora Letícia Souza Alves
Orientador ANDREIA PATRICIA GOMES
Outros membros ALCIONE DE PAIVA OLIVEIRA, Flávio Oliveira de Sousa, LUIZ ALBERTO SANTANA, RODRIGO SIQUEIRA BATISTA
Título As citocinas pró-inflamatórias na sepse
Resumo INTRODUÇÃO: A síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS) de origem infecciosa é denominada sepse. Trata-se de uma das mais importantes complicações infecciosas da medicina contemporânea, tanto por sua incidência, quanto por sua gravidade e por seu grande potencial de evolução para o óbito. Apresentando fundamental importância na fisiopatologia dessa enfermidade estão as citocinas pró-inflamatórias – mediadores necessários à condução da resposta inflamatória direcionada ao patógeno –, as quais, caso sejam produzidas em grande escala, podem desencadear manifestações sistêmicas graves, como o choque séptico e a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (DMOS). OBJETIVOS: Revisar o papel das citocinas pró-inflamatórias na sepse e sua possível participação na estimativa do prognóstico da condição mórbida. MÉTODOS: Realizada revisão da literatura na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e no Portal de Periódicos da Capes. Os termos utilizados na – e combinados para a – pesquisa foram sepse e citocinas, bem como seus correspondentes em inglês, sepsis e cytokines. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os mediadores TNF-α, IL-1, IL-6, IL-12, IL-17, interferon gama, MIF, HMGB possuem papéis centrais na resposta pró-inflamatória da sepse. Embora tais moléculas difiram entre si em termos da sua fonte, cinética e ao estágio de sepse durante o qual predominam, todas essas substâncias têm efeitos pleiotrópicos, conectando díspares vias da resposta imune. O curso da sepse – seja para a cura seja para o óbito – tem íntima relação com a produção de citocinas. Uma resposta pró-inflamatória exacerbada possui papel relevante no desenvolvimento de consequências deletérias, como a DMOS. Por esse motivo, é cada vez mais aventada a possibilidade de utilização das citocinas como biomarcadores na prática médica. Em alguns estudos, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, MCP-1 e G-CSF são elencadas como citocinas que se correlacionam positivamente com a progressão para DMOS. Em doentes com sepse grave, por exemplo, altos níveis de IL-1α, IL-4, IL-6, IL-8, proteína quimiotática de monócitos-1 (MCP-1) e fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) mostraram associação com a mortalidade. Sendo que, em termos temporais, as citocinas IL-1β, IL-4, IL-6, IL-8, MCP-1 e G-CSF estão mais relacionadas com predição de mortalidade precoce (<48 horas) e IL-8 e MCP-1 têm melhor precisão para a previsão de mortalidade tardia. No entanto, no estágio atual do conhecimento, os padrões de citocinas associados com DMOS, bem como a outros desenlaces – favoráveis ou não –, não estão bem estabelecidos e nenhum biomarcador apresenta 100% de precisão em termos de predição de resultados. CONCLUSÃO: O diagnóstico de sepse, seu manejo e predição de prognóstico representam grandes desafios em termos clínicos. Esforços para aumentar o conhecimento da fisiopatologia da SIRS e para identificar precocemente os prováveis desenlaces da sepse – utilizando-se experimentação in vivo, in vitro e in silico – são necessários.
Palavras-chave Biomarcadores, Citocinas pró-inflamatórias, Sepse.
Forma de apresentação..... Painel
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