Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 637

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Juliana Lívia Vieira
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Danúbia Gonçalves Cardoso, Juliana Andrea Morales Monje, TEREZINHA MARIA CASTRO DELLA LUCIA
Título Síndrome comportamental e susceptibilidade a inseticidas em populações de caruncho-do-milho, Sithofilus zeamais, (Coleoptera: Curculionidae)
Resumo Fenômenos ecológicos e padrões de organização de comunidades podem ser vistos como consequências imediatas de comportamentos e ações individuais. A partir da premissa de que indivíduos manifestam distintos comportamentos em resposta a diferentes contextos ou situações, objetivou-se avaliar se as variações individuais de comportamento em Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) influenciam no tempo de sobrevivência frente à exposição ao inseticida deltametrina. Quinze populações de S. zeamais foram multiplicadas e mantidas em câmaras climáticas tipo B.O.D., a condições de temperatura e umidade controladas (27 ± 2 ºC, UR= 70 ± 10% e fotoperíodo de 12 horas). Foram usadas 21 fêmeas e 21 machos de 1 a 3 dias de emergência em todos os bioensaios comportamentais e respirométricos, além do bioensaio de sobrevivência. Foi utilizado respirômetro do tipo TR3C equipado com analisador de CO2 e metodologia adaptada. Quanto aos bioensaios comportamentais foram analisados parâmetros de caminhamento, tempo para desvirar-se, duração da tanatose, autonomia de voo, competição intraespecífica e interespecífica com Rhyzopertha Dominica (Coleoptera: Bostrichidae). No bioensaio de sobrevivência, foram preparados frascos (25 mL) com 15 gramas aproximadamente de grãos de milho tratados com deltametrina (dose utilizada de 20mL/ton, dentro da faixa comercialmente recomendada e registrada (14–80mL/ton). Individualmente os insetos foram colocados nos frascos e determinações sobre o estado dos mesmos foram feitas em intervalos de 1 hora e depois das primeiras 12 horas em intervalos de 4 horas até completar 30 dias ou 720 horas. As variáveis comportamentais foram submetidas à análise de variância multivariada, à análise de variáveis canônicas e a análise de variância modificada de Excoffier, utilizando o SAS. Os resultados da análise de variância multivariada indicaram diferenças significativas entre as populações (λ=0.25; F=3.08; df (num/den) =290/5628,5; p<0.0001). Entretanto, a variação entre indivíduos dentro das populações foi substancialmente maior (92.57%) do que entre as populações (7.43%). As variáveis tempo de caminhamento (F=19,30 e p=<0,0001) e interação intraespecífica (F=5,80 e p=0,0163) foram reconhecidas na regressão múltipla como as de maior efeito na sobrevivência. Por meio dos comportamentos avaliados, foi comprovada a existência da individualidade nos insetos testados e tal individualidade influenciou diretamente nos tempos de sobrevivência. Verificou-se também diferença de sobrevivência entre as populações, atribuída a diferenças nos mecanismos de resistência apresentados entre elas. São discutidas as possíveis implicações ecológicas, evolutivas e toxicológicas da personalidade animal com os tempos de sobrevivência a inseticidas.
Palavras-chave Comportamento, Individualidade, Deltametrina
Forma de apresentação..... Painel
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